| 
     A diversidade brasileira de fontes de recursos é tão
    significativa que causa inveja a muitas nações de economias desenvolvidas.
    Neste País, a capacidade instalada de geração elétrica é de
    aproximadamente 80.000MW, sendo a maior parte de origem hídrica, cujas
    fontes não estão ainda esgotadas.
    
     
     
    Além disso, o Atlas dos Ventos, pesquisa realizada pela Petrobrás,
    identificou sítios para captação de ventos e geração eólica de 147.000MW.
    A existência desse potencial determinou a criação, pelo Governo, do
    Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Renováveis de Energia). O
    objetivo é comprar, por preço subsidiado, 3.300MW de energia eólica,
    gerada por biomassa, e hídrica produzida por PCHs (Pequenas Centrais
    Hidrelétricas). Isso equivale a 4,5% do que está disponível no mercado e
    é a primeira fase do projeto.
    
     
     
    Como se vê, nossas perspectivas energéticas são excelentes, incluindo a
    possibilidade de auto-suficiência do petróleo nacional. No entanto,
    continuamos sujeitos a acidentes de percurso. O modelo adotado para o setor
    elétrico em 1995 mostrou-se um desastre para os interesses do País, da sua
    indústria e dos consumidores. Enfrentamos racionamento, aumentos abusivos
    de tarifas, queda na qualidade dos serviços e ausência total de
    investimento. A desorganização foi
    tal que, no auge da crise, o preço de venda no MAE (Mercado Atacadista de
    Energia) ultrapassava os R$ 300,00/MWh – hoje isso despencou para R$ 4,00/MWh,
    o que tem causado enormes prejuízos às geradoras federais. 
     
    Esse choque levou o atual Governo a anunciar, por meio do Ministério de
    Minas e Energia, a necessidade de um novo modelo para dar equilíbrio ao
    setor elétrico nacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a
    ministra Dilma Rousseff, o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, e
    o diretor da Petrobrás, Ildo Sauer, são unânimes em afirmar que mudanças
    são necessárias. A impressão que se tem é que continuam as discussões
    em torno de como corrigir a rota nesse setor. Sem dúvida alguma, o amplo
    debate faz-se necessário, mas a sociedade aguarda ansiosa por ver soluções
    postas em prática. O SEESP, como sempre, coloca-se a postos para colaborar
    na tarefa de fazer com que o Brasil e o seu povo aproveitem as suas
    potencialidades.
    
     
    Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
    
     
    Presidente
    
    
      |