Balanço
parcial de 2003 é positivo |
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Representando
cerca de 170 mil engenheiros no Estado de São Paulo, o SEESP tem alcançado
vitórias significativas nas campanhas salariais de 2003, apesar das
dificuldades previstas para repor as perdas, causadas por uma inflação
acumulada de mais de 18%. Já foram assinadas convenções coletivas de
trabalho com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo),
Fecomércio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), Sindimest
(Sindicato da Indústria de Instalação e Manutenção de Redes,
Equipamentos e Sistemas de Telecomunicações) e acordos com Cosipa e
Sabesp. Segundo
Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do SEESP, “onde foi possível
a solução negocial tivemos conquistas importantes, como ocorreu com os
sindicatos patronais e na Cosipa”. Os engenheiros abrangidos pelas convenções
das indústrias e do comércio tiveram 16,20% de aumento salarial, sendo
pagos 11,20% a partir de 1º de maio e 4,5% em 1º de agosto próximo, bem
como horas extras com adicional de 50% e 12 dias por ano para reciclagem
tecnológica. O piso salarial, para seis horas de trabalho, é R$ 1.485,00,
até dia 31 de julho, e após esta data, R$ 1.620,00. Os engenheiros que
atuam nas empresas prestadoras de serviços de telefonia tiveram reajuste
salarial de 18,4%, aumento a título de produtividade de 5%, manutenção do
nível de emprego em 98% e adoção de política de reciclagem tecnológica.
O piso é R$ 2.500,00, para seis horas. No dia 13 de maio, pela primeira
vez, foi assinada a convenção entre o Sindimest e o SEESP. Na Cosipa,
conseguiram: 18% de reajuste dos salários e benefícios, a partir de 1º de
junho, abono de 80% sobre o vencimento – 40% no dia 30 último e 40% no
dia 5 de junho. O piso inicial aumentou para R$ 2.537,00. O acordo foi
assinado no dia 27 de maio.
Os
engenheiros que atuam no Metrô e na Cetesb tiveram o dissídio coletivo
julgado pelo TRT, nos dias 29 de maio e 3 de junho, respectivamente. Em
ambos os casos, a decisão foi 18,13% de reajuste do salário e dos benefícios,
sobre o vencimento de abril último, e estabilidade no emprego de 90 dias.
Além disso, horas extras com adicional de 100%, manutenção de todas as cláusulas
preexistentes e criação de uma comissão para estudar o plano de carreira,
com prazo de 180 dias para sua implantação. Na avaliação de Pinheiro,
“a mesa de negociação poderia ter sido mais valorizada, evitando-se que
a solução tivesse que sair no Tribunal”. De qualquer forma, continuou,
“os resultados devem ser comemorados, especialmente com a sinalização do
Tribunal Superior do Trabalho de que não concederá efeitos suspensivos das
conquistas, como ocorreu no passado”.
A
Codesp, Elektro, Duke Energy, AES-Tietê, CTEEP e Comgás garantiram a
data-base em 1º de junho, o que não aconteceu na Cesp. Para assegurá-la,
o SEESP entrou com protesto judicial no TRT. As negociações estão em
andamento com o Sinduscon, Sinicesp e Sinaenco – sindicatos das construções
civil e pesada e da consultoria –, São Paulo Transporte, Codesp e nas
empresas energéticas CPFL Paulista, CPFL Piratininga, Elektro, Duke Energy,
AES-Tietê. Segundo Pinheiro, “a perspectiva para as campanhas salariais
é que se conquiste o ICV do Dieese garantindo a reposição salarial em
mesa de negociação”. |
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