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    Oportunidade Engenheiros de segurança têm mercado ainda inexplorado  | 
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     Existem no
    Estado de São Paulo cerca de 12 mil engenheiros de segurança do trabalho,
    uma especialização em nível de pós-graduação exigida para atuação no
    mercado voltado à fiscalização das condições e do meio ambiente do
    trabalho. Entre esses, contudo, muitos não têm registro no Crea-SP para
    exercer a função, segundo estima Celso Atienza, professor de pós-graduação
    nessa área e vice-presidente do SEESP. Desse
    contingente, alguns desenvolvem atividades em órgãos públicos como a
    DRT-SP (Delegacia Regional do Trabalho), do Ministério do Trabalho e
    Emprego, e a Sert (Secretaria de Estado do Emprego e Relações do Trabalho)
    ou são peritos judiciais. A maioria, porém, trabalha na iniciativa privada
    ou presta consultoria a tal setor, o grande filão desse mercado, ainda não
    totalmente explorado.  Para
    Atienza, o campo do engenheiro de segurança não se limita às empresas
    fechadas. Ele pode trabalhar em atividades de lazer, como parques de diversão,
    campos de futebol, arenas de rodeio, cinemas, clubes e muitas outras. “O
    problema é que necessitam desse profissional, mas não o chamam para cuidar
    das NRs (Normas Regulamentadoras).” Outro espaço é nas empresas com mais
    de 250 funcionários e maior grau de risco, conforme determina a NR-4,
    impondo obrigatoriedade desse profissional. Nas pequenas e médias, o serviço
    especializado não é exigido. Contudo, como precisam fazer os programas de
    prevenção (PPRA, PPP, PCMAT e outros), atribuições exclusivas do
    engenheiro de segurança, acabam contratando sua consultoria. “Há mercado
    na construção civil, na indústria mecânica, elétrica e em todas
    atividades econômicas. Se houvesse fiscalização suficiente, não haveria
    engenheiro de segurança do trabalho disponível no mercado”, aposta
    Atienza. Para alterar esse quadro, ele defende que as negociações
    coletivas exijam um sistema de gestão compartilhada entre o empregado e o
    empregador.  
 A meta
    para reduzir acidentes no trabalho envolve cinco projetos de fiscalização
    em empresas de diversos segmentos: construção, transporte, prestação de
    serviços, bem como nas indústrias de fabricação de produtos químicos e
    no setor de produção e distribuição de eletricidade, gás e água. Para
    dar conta da demanda, segundo Lourdes, há expectativa de que se realize
    concurso público, pois há uma carência efetiva de fiscais, sobretudo
    nessa área. 
 Esse é um
    dos mercados importantes, mas subaproveitado, tendo em vista a desestruturação
    do serviço, desde os anos 70, quando havia mais de 400 profissionais em
    atividade. Os poucos que restam hoje amargam baixos salários – R$ 840,00
    em início de carreira – e penam há oito anos sem reajuste (JE 215).  | 
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