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     Editorial  | 
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     O
    Governo Federal publicou, recentemente, a proposta acabada do Plano
    Plurianual 2004-2007. Esse programa quadrienal, elaborado com a participação
    de todos os estados brasileiros, chega ao grande público como uma proposta
    realista, tendo como apelo a presunção de que nele está contido “o
    Brasil para todos”. Analisando
    alguns dos dados publicados, não deixa de ser notável o fato de que 54,5%
    do valor global do PPA, que corresponde a R$ 1 trilhão, esteja direcionado
    para programas de inclusão social, abrangendo saúde, educação, previdência
    e assistência social, organização urbana e reforma agrária. Outros números
    também nos chamam a atenção, como R$ 298,3 bilhões (16,1%) para a
    infra-estrutura nacional, que engloba transporte e logística (R$ 41 bilhões),
    setores elétrico, petróleo e gás (R$ 207,2 bilhões), saneamento e
    infra-estrutura urbana (R$ 22,6 bilhões), habitação (R$ 21,6 bilhões) e
    infra-estrutura hidroviária (R$ 5,9 bilhões). É óbvio que todo esse
    mundo de investimentos dependerá do crescimento do PIB (Produto Interno
    Bruto), que precisa chegar a 3,5% em 2004 e 
    5% em 2007, acompanhado de uma inflação decadente, 
    atingindo 4% em 2007. É de se imaginar que todos esses números não
    surgiram ao acaso.  As
    demandas para os investimentos, por sua vez, estão sendo discutidas por
    toda a sociedade. Além do próprio PPA, que foi apresentado e debatido nos
    diversos estados, está em curso o processo das Conferências das Cidades,
    que têm etapas municipal, estadual  e
    nacional, marcada para outubro, em Brasília.  O
    evento, de suma importância, reunirá gestores públicos, movimentos
    populares, sindicatos, ONGs e concessionários de serviços públicos. O
    objetivo é discutir habitação, saneamento, urbanização, transporte etc.
    Entre os participantes estará o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São
    Paulo, que colabora no Grupo de Reforma Urbana, representado pelo Eng.
    Laerte Mathias de Oliveira. Fica,
    pois, evidenciado que está havendo uma mobilização para a discussão dos
    problemas nacionais. Entendendo-se esse fenômeno como um fato novo e
    positivo e levando-se em consideração os números do PPA, podemos admitir
    que o setor tecnológico deve ficar otimista com o volume de investimentos
    previstos para o País nos próximos quatro anos. E, se for verdade que
    assistiremos ao espetáculo do crescimento econômico a partir de 2004, os
    engenheiros terão um belo mercado de trabalho à disposição. 
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