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     Editorial Apesar
    de tudo, perspectivas positivas  | 
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     Impossível
    não reconhecer que a economia brasileira continua a inspirar seríssimos
    cuidados. Permanecem o absurdo desemprego, que já atinge cerca de 12% da
    população economicamente ativa, a deficiência na infra-estrutura
    nacional, o sistema tributário que consome 37% do PIB (Produto Interno
    Bruto), a taxa de juros que, embora reduzida para 16,35% nos últimos meses,
    continua a dificultar o acesso ao crédito. Da mesma forma, nossa sociedade
    segue sendo gritantemente desigual e a massa de pobres e miseráveis é
    enorme, assim como a violência que campeia sobretudo nos grandes centros. Ou
    seja, nossas mazelas não desapareceram como que por encanto com a
    passagem do ano. No entanto, e apesar de todos os males, as perspectivas
    para 2004 são positivas. Anuncia o Governo e apostam os economistas que
    finalmente virá a esperada retomada do crescimento. Na situação em que
    estamos de estagnação assustadora, ainda que não resolva todos os
    problemas, isso seguramente terá um impacto salutar sobre empregos e salários.
     Assim,
    podemos esperar que as negociações coletivas para as campanhas salariais
    deste ano se dêem num cenário mais favorável às nossas reivindicações.
    Para prepará-las, como fazemos já tradicionalmente, realizaremos o
    seminário de abertura das conversas com vistas aos acordos e convenções,
    trazendo ao SEESP os representantes dos empregadores dos engenheiros. A idéia,
    como sempre, é assegurar o diálogo e defender nossos direitos. Ano
    de eleições locais, 2004 será também propício ao aprofundamento do
    debate de questões fundamentais, como saneamento, transporte, habitação,
    meio ambiente e energia, às quais o SEESP vem há anos se dedicando. Nos
    diversos municípios do Estado, promoveremos encontros com candidatos ao
    Executivo e ao Legislativo, ouvindo suas propostas e oferecendo a contribuição
    da engenharia à cidade. Tal iniciativa poderá ainda estender-se pelo País,
    sob coordenação da Federação Nacional dos Engenheiros, cujos esforços
    devem se voltar mais claramente à promoção da discussão nacional dos
    temas de interesse da categoria. Cumprindo
    tal agenda e fazendo face aos desafios outros que se apresentarem,
    garantiremos, a um só tempo, nosso fortalecimento e nossa colaboração
    para que o País encontre os rumos do desenvolvimento e do bem-estar do
    seu povo. Enfim, temos uma boa agenda para o ano em que o SEESP chega ao seu
    70º aniversário, a ser comemorado em setembro próximo. 
 Eng.
    Murilo Celso de Campos Pinheiro  | 
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