Opinião Pólo
de Biocombustíveis: desafios e responsabilidades |
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Mario Tomazello Filho |
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A
cidade de Piracicaba e a Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz” da Universidade de São Paulo) tornaram-se referência nacional, com
o recente lançamento do Pólo Nacional de Biocombustíveis, que contou com a
presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de autoridades federais,
estaduais e municipais. Essa conquista é fruto de ações coordenadas por uma
comissão inicialmente constituída por representantes das instituições de
ensino superior de Piracicaba, dos segmentos agrícola e industrial, do Programa
Piracicaba 2010 e da administração municipal, na pessoa do prefeito José
Machado, entre outros. A comissão encaminhou, em outubro de 2003, uma proposta
ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, que
assumiu o desafio de articular a participação de diversos ministérios e
entidades. Na
solenidade de lançamento, o professor José Roberto Postali Parra, diretor da
Esalq, relatou que o Pólo de Biocombustíveis tem como “objetivo manter e
ampliar a capacidade competitiva do Brasil na produção de energia renovável”,
transformando a Esalq em Centro de Referência Nacional e Internacional. Essa
desempenha, portanto, importante papel de coordenação de um programa estratégico
para o País e que conta, até a presente data, com a participação de cerca de
25 entidades e empresas. O
Pólo Nacional deverá trabalhar com o conceito amplo de biocombustíveis,
enfocando todas as possibilidades de utilização de matérias-primas e de resíduos
de origem vegetal e animal, passíveis de serem transformadas em combustíveis.
Dessa forma, apesar da significativa importância e destaque para o biodiesel (óleo
vegetal utilizado principalmente na Europa), as ações do Pólo Nacional deverão
ser abrangentes e aplicáveis para todos os biocombustíveis em todas as regiões
do País.
Projeto
ambicioso
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Professor da Esalq-USP e secretário Municipal de Agricultura e Abastecimento de
Piracicaba |
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