Nota da Secretaria-Geral da Presidência divulgada na terça-feira informou a próxima reunião com a Centrais para discutir o Salario Minimo ficou programada para sexta-feira (4), em São Paulo.
Pelo lado do governo, participarão os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Guido Mantega (Fazenda) e Carlos Lupi (Trabalho). Pelo movimento sindical estarão representantes de cinco centrais sindicais - Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
Na sexta-feira da semana passada, a presidente Dilma Rousseff endureceu o discurso e disse que a oferta do governo para o salário mínimo será mantida em R$ 545. Segundo ela, uma discussão simultânea do reajuste da tabela do Imposto de Renda nas negociações "não é correta". O mesmo tom foi mantido na mensagem enviada hoje pela presidente para a abertura do ano legislativo.
"O que queremos saber é se as centrais querem ou não a manutenção do acordo [feito com o governo Lula] pelo período do nosso governo. Se querem, o que nós propomos para esse ano é R$ 545", disse. O governo já vem pagando R$ 540, valor reajustado no final do governo Lula. As centrais querem R$ 580, reivindicação apoiada pela CNTU através de Nota Pública.
Após a declaração da presidenta, a Força Sindical prometeu reagir. "Se ela [Dilma] estiver jogando duro, vamos ter que ir para o Congresso pressionar, fazer manifestações, colocar aposentados no Congresso", disse o presidente da central, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).
O presidente da CUT, Artur Henrique, afirmou que a central não aceitará o valor de R$ 545 e que continuará a pressionar o governo. "Vamos manter um processo de mobilização e de pressão", disse Henrique.
Para o sindicalista, o problema do governo não é o reajuste de 2011, mas o do próximo ano. "A política de valorização do mínimo vai fazer com que, em 2012, o reajuste seja de 13% a 14%".
(Com Diap e Folhapress)
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