O setor de aposentadoria do SEESP alerta aos profissionais aposentados ou que estão se aposentando sobre possíveis fraudes referentes a empréstimo consignado. “É importante que o segurado verifique sempre o valor da aposentadoria e qualquer tipo de redução do provento entrar em contato urgente com o nosso departamento”, orienta Cristina Cogo. Segundo ela, algumas pessoas estão percebendo desconto na aposentadoria por empréstimo consignado que não contraíram.
Cogo recomenda, como medida preventiva para evitar qualquer contratempo nesse sentido, solicitar o “bloqueio” do empréstimo consignado diretamente no setor de Manutenção em alguma das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “A questão é grave. Alguns aposentados estão tendo uma dor de cabeça enorme para provar que não fizeram essa operação e, assim, suspender os descontos”, observa. Mais informação ligue para (11) 3113-2662 ou vá direto ao setor, na sede do SEESP, na Capital paulista. O atendimento é das 14h às 17h.
O sindicato também enviará ofício à superintendência do INSS informando sobre os casos que estão acontecendo com os engenheiros e solicitando medidas urgentes reparadoras para impedir que o contribuinte seja prejudicado no recebimento da sua aposentadoria.
Foto: Jéssica Silva
Cristina Cogo alerta aposentados a verificarem sempre o valor do provento
Vazamento de informações
Recentemente, inclusive, foi publicada uma matéria, na Agência Brasil, informando que o Ministério Público Federal no Espírito Santo deve começar a desvendar, até o final de março, como bancos e financeiras conseguiram obter informações de trabalhadores que pediram a aposentadoria. As instituições financeiras ligaram para trabalhadores oferecendo crédito consignado (descontado em folha) antes mesmo que os beneficiados soubessem que tiveram o pedido de aposentadoria aceito pelo INSS.
O procurador da República Carlos Vinícius Cabeleira disse que somente na Procuradoria do Espírito Santo foram feitas três denúncias, mas há registros de outros casos em vários lugares do país. “As pessoas fizeram algumas representações aqui no Ministério Público Federal dizendo que antes delas terem conhecimento de que tinha sido deferido o benefício da aposentadoria, elas já estavam recebendo ligações de instituições financeiras oferecendo crédito consignado. Então, isso deixa claro que não foram elas que deram esses dados para as instituições financeiras”, ressaltou.
Carlos Vinícius explicou que o INSS repassa dados do benefício apenas para a instituição que será responsável por fazer o pagamento. “Nesses casos, [quem ligou para os trabalhadores] não era a instituição financeira responsável por fazer o pagamento do benefício.”
Segundo o procurador, está sendo verificado se os bancos trocam informações, se há algum vazamento irregular ou alguma falha no sistema que permite acesso generalizado aos dados pelas instituições. “Deve ter ocorrido uma violação de direito do consumidor ou mau uso da informação recebida pelas instituições financeiras. O primeiro objetivo é fazer um compromisso com as instituições de não fazer mais isso. E verificar a possibilidade de pedir uma indenização por danos morais coletivos.”
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP