A CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT realizam na terça-feira (16/8) o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos. Além de paralisações nos locais de trabalho como bancos e fábricas, de uma, duas horas ou a manhã inteira, haverá atos em frente às sedes das principais federações patronais em todas as capitais do Brasil.
Um dos maiores desafios do movimento sindical brasileiro hoje é defender os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo atacados pelo Congresso Nacional e pelo governo federal, e impedir que milhares de trabalhadores sejam demitidos.
A ampliação da terceirização que explora, mutila e mata; a flexibilização de direitos trabalhistas e a reforma da Previdência Social são algumas das ameaças que o atual governo está tentando aprovar. Se não houver resistência, luta e muita pressão, podemos ter mais desemprego, o fim da CLT e da política de valorização do salário mínimo, além de aposentadoria só aos 70 anos.
“O que eles chamam de modernização enseja um tipo de escravidão contemporânea. Por trás desse discurso, querem implantar a era do “açoite” digital e quem vai sofrer na pele é a classe trabalhadora. Temerário, o conluio golpista quer desconstruir o Estado Nacional, acabar com a CLT desregulamentando o trabalho e sepultar o sonho de dias melhores de milhões de brasileiros e brasileiras”, diz o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.
Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical, ressalta que a Central busca esclarecer a base sobre o que está em disputa na relação capital e trabalho, ante a influência do lobby patronal sobre o governo interino.
Índio diz que os atos do dia 16 terão papel de peso nessa conjuntura adversa. “Por isso, a orientação é que as categorias mais mobilizadas façam paralisações, além de realizar assembleias e protestos nos locais de trabalho antes do ato principal. Vamos mostrar aos patrões que resistiremos à agenda que tentam impor”, diz.
Já o presidente da Nova Central em São Paulo, Luiz Gonçalves (Luizinho), lembra que a entidade acaba de realizar seminário sobre educação, que também abordou propostas de ações unitárias. “Há muitas categorias em campanha salarial ou negociando PLR. Além destas questões, debatemos a importância da unidade do sindicalismo para defender postos de trabalho e direitos”.
A indicação da Central é que os sindicatos atrasem a entrada nos turnos e discutam com os trabalhadores o momento pelo qual o Brasil está passando. Luizinho aponta que o momento é de união para “derrotar as ameaças que pairam sobre os trabalhadores”.
Com informações da CTB, CUT e Agência Sindical