"Entendemos que a gente custou caro ao governo e, por isso, queremos retribuir para a sociedade. Mais do que ensinar fórmula de Bhaskara, a ideia é empoderar o jovem. Criamos o conceito de taxa de sucesso, porque para quem estudou em escola pública, não teve oportunidades e está em situação de vulnerabilidade, conquistar bolsa de estudos em universidade privada também é uma vitória", explica Mendes.
Para que seja viável, o modelo de empreendedorismo inovador aposta no financiamento cruzado - percentual do valor pago integralmente é destinado à concessão de bolsas para estudantes da rede pública ou de baixa renda. Há ainda a opção de financiamento coletivo, quando pessoas físicas ou jurídicas custeiam o curso para alunos em situação de vulnerabilidade social e também a possibilidade de que a metodologia de ensino seja utilizada em parcerias público-privadas (PPPs). Com isso, 70% dos 300 alunos têm bolsa de estudos, as quais podem chegar a 100%.
"Temos um custo 50% menor do que um cursinho pago (a mensalidade custa R$ 300,00) com metodologia inovadora, porque reduz a carga horária em sala de aula (um terço menor) e usa plataforma digital, com exercícios e videoaulas, capaz de apontar as dificuldades de aprendizado e direcionar o estudante", destaca Zuculin. O programa ainda permite que alunos tenham consultas com neurocientistas, educadores e psicólogos.
Para a dupla, estar entre as 15 empresas inovadoras do País já corresponde a prêmio. "A ideia é evoluir e ajudar ainda mais gente. Pela categoria voto popular, tivemos 2 mil votos entre os 5 mil realizados", observa Mendes.
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Reprodução editada de notícia do Diário do Grande ABC