Do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Com objetivo principal de enfrentar a aplicação da reforma trabalhista e da Lei da Terceirização e lutar contra a aprovação da reforma da Previdência, o movimento “Brasil Metalúrgico” - que reúne confederações, federações e sindicatos metalúrgicos ligados a diversas centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CSP-Conlutas, Intersindical, CTB e UGT) – prepara uma forte resistência nas fábricas, nas ruas e nas negociações das Campanhas Salariais. As propostas da categoria e agenda das próximas atividades, que inclui a realização do Dia Nacional de Luta contra as Reformas, em 14 de setembro, serão detalhadas durante a entrevista coletiva que será concedida pelos dirigentes sindicais nesta terça (22/08), a partir das 11h30, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo.
O movimento deverá realizar uma série de atividades unificadas, além de produzir material informativo com objetivo de esclarecer e mobilizar a categoria, composta por cerca de dois milhões de metalúrgicos em todo país. Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, a campanha salarial será um dos primeiros e grandes desafios nesse novo cenário. “Vamos precisar de muita unidade para barrar as iniciativas patronais de utilizar as medidas aprovadas pelas reformas para retirar os direitos da classe trabalhadora. Não podemos permitir que essa legislação ganhe espaço nos contratos coletivos da categoria”, reforça.
O secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira, lembra também que esse movimento, que começa com os metalúrgicos, pode crescer e chegar a outros setores industriais do País. “Nós, metalúrgicos, estamos ajudando a dar o pontapé inicial nessa resistência e vamos trabalhar para que, à frente, possa haver um processo de mobilização de toda sociedade brasileira contra a aplicação de uma legislação tão prejudicial”, destaca.