Da Agência Sindical
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) lança, nesta terça-feira (5/09), às 10h, o Movimento Resistência Por um Brasil Melhor, que pretende articular iniciativas em todo o País visando à mobilização contra a implementação da reforma trabalhista (Lei 13467/17), em novembro próximo, que precarizará as relações de trabalho com a perda de diversos direitos.
O evento, no Hotel Nacional, em Brasília, reunirá dirigentes das 22 confederações que integram o FST, além de representantes de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) e Ministério Público do Trabalho.
A Agência Sindical conversou com o coordenador do fórum, Artur Bueno de Camargo. “O objetivo central é informar os trabalhadores sobre os impactos da reforma trabalhista, mostrando o quanto ela é prejudicial ao Brasil. Mas queremos ir adiante, conscientizando a classe trabalhadora e a população da necessidade de mudanças urgentes na representação política do País”, explica.
O lançamento da campanha marca o início de um cronograma de atividades que serão desenvolvidas até 8 de novembro por meio de cinco comitês que atuarão nos Estados, coordenado o trabalho das entidades sindicais. Segundo Artur, apesar do movimento ter surgido na base das Confederações, a proposta é incorporar outras entidades aos núcleos de base estaduais.
“Queremos promover uma integração maior dos movimentos da classe trabalhadora, para ampliar as lutas contra a exploração. Acreditamos que o FST tem um papel importante nesse processo de integração, indispensável para barrar esses ataques aos direitos e avançarmos na construção de um País justo e digno, com desenvolvimento e emprego”, ressalta.
Os comitês que atuarão nos Estados, com assessoramento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ficarão responsáveis pela distribuição de materiais de divulgação, realização de atos públicos e protestos por adotar estratégias de resistência à precarização dos direitos. Além disso, coordenarão a coleta de assinaturas para viabilizar um Projeto de Lei de Iniciativa Popular a fim de revogar a reforma trabalhista aprovada no Congresso Nacional.