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07/02/2018

Metalúrgicos alemães conquistam jornada de 28 horas semanais em condições especiais

Notícia atualizada às 13h47 do dia 9 de fevereiro de 2018
R7 com agências internacionais

Após um ciclo de greves e negociações que vinham se estendendo desde o fim de janeiro, trabalhadores metalúrgicos do sindicato alemão IG Metall, um dos maiores do mundo, assinaram nesta semana um acordo com a entidade patronal Südwestmetall que lhes garante uma jornada de 28 horas semanais. As informações são da rede de notícias CNN.

A partir de 2019, muitos dos funcionários de 700 empresas siderúrgicas e fabricantes de veículos poderão optar por trabalhar 28 horas por semana durante dois anos até retornar à jornada padrão de 35 horas semanais. A resolução deve estabelecer um novo parâmetro para diferentes categorias de trabalhadores no país.

O IG Metall afirmou que o acordo tem como objetivo ajudar os trabalhadores a cuidar de filhos e outros parentes. O pagamento dos que aderirem à nova jornada será reduzido por causa das horas não trabalhadas. Eles ainda têm ainda a opção de trabalhar 40 horas por semana para ganhar mais.

Em declaração, o líder da IG Metall Jürgen Wechsler afirmou que o acordo inaugura um "novo capítulo" no que diz respeito às jornadas de trabalho, segundo a agência de notícias Reuters: "Estamos começando um novo capítulo sobre a questão do tempo de trabalho e o direito do funcionário de escolher a sua jornada. E tivemos um bom resultado nas questões de pagamentos, também. Conseguimos um aumento de 4,3% para os trabalhadores, que não terá paralelo na indústria este ano." 

Em um comunicado, as empresas afirmaram que o compromisso é "suportável, mas com elementos dolorosos". Rainer Dugler, chefe da Gesamtmetall, que congrega as companhias do setor metalúrgico, classificou o acordo como "a pedra angular de um sistema de trabalho flexível para o século XXI".

"O acordo é um marco no caminho para um mundo de trabalho moderno e auto-determinado", afirmou Jörg Hofmann, líder do sindicato, segundo o site Business Insider. O acordo será revisado daqui a dois anos para que as partes determinem a necessidade de reajustes.

Hofmann e Dulger: empresários e trabalhadores celebram. Foto reproduzida a partir da revista CartaCapital.

 

 

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