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05/03/2018

Centrais protestam contra taxação de aço pelos Estados Unidos

Da Agência Sindical

AçoO Brasil exporta ao ano 4,7 milhões de toneladas de aço para os Estados Unidos. Só perde para o Canadá, que exporta 5,8 milhões. A exportação brasileira é uma das grandes fontes de receita para a economia nacional. Por isso, a taxação ao aço e ao alumínio, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump preocupa o sindicalismo e foi objeto de avaliação na reunião das centrais sindicais, no dia 2 de março último, na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na capital paulista.

Segundo o jornal O Globo, as restrições de Trump podem resultar em perdas de até US$ 3 bilhões anuais à economia brasileira. As centrais, em nota oficial, criticam o protecionismo dos Estados Unidos e alertam para o risco aos empregos nos setores taxados.

Diz a Nota: “O anúncio causa enorme preocupação de que as exportações brasileiras de aço e alumínio serão afetadas, com diminuição da produção e dos empregos. É importante o governo buscar negociação com o governo americano e acionar a Organização Mundial do Comércio, visando diminuir os impactos da adoção da tarifa imposta pelos Estados Unidos.”

Liberalismo de gaveta
A Agência Sindical ouviu Pedro Afonso Gomes, presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo. Ele ironiza a atitude estadunidense, dizendo que o liberalismo norte-americano “só vai até a página 10”. Depois disso, ele reforça, “o país tenta proteger seu mercado, preservar os empregos locais e também atrair empresas dispostas a produzir aço e outros produtos acabados dentro do território americano”.

Assinam a nota os presidentes das seis centrais e duas confederações: Paulo Pereira da Silva, da Força Sindical; Vagner Freitas, da CUT; Ricardo Patah, da UGT; Adilson Araújo, da CTB; José Calixto Ramos, da Nova Central; Antonio Neto, da CSB; Miguel Torres, da CNTM/Força; e Paulo Cayres, da CNM/CUT.


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