Sindipetro-SP

Um incêndio de grandes proporções atingiu a Refinaria de Paulínia (Replan), no Interior de São Paulo, no início da madrugada desta segunda (20/8). Segundo informações obtidas pelo Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP) junto aos trabalhadores, as chamas tiveram início após a explosão do tanque de águas ácidas, que fica no craqueamento – unidade que acabou de passar por parada de manutenção e sofreu uma série de intervenções em seus equipamentos.

Foto: Sindipetro-SP

O fogo também atingiu a unidade de destilação, causando o rompimento de várias linhas de tubulações. Trabalhadores relatam terem ouvido três explosões. Não houve vítimas.

A ocorrência provocou a parada emergencial da refinaria. A empresa dispensou os trabalhadores do administrativo e de outros setores, mantendo somente os funcionários diretamente envolvidos na manutenção das unidades danificadas e equipes de operações e SMS (Saúde/Meio Ambiente/Segurança).

Por sorte, o acidente ocorreu na madrugada, quando havia poucos trabalhadores presentes. “Se tivesse ocorrido em horário administrativo, quando há muitas intervenções de manutenção e trabalhadores circulando, poderíamos ter tido uma fatalidade”, afirma Juliano Deptula, coordenador do Sindipetro Unificado-SP.

A Replan é a maior refinaria da Petrobras, com capacidade de processamento de 434 mil barris de petróleo por dia. Sua produção corresponde a 20% do refino no Brasil.

Manutenção
O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Simão Zanardi, avalia que o incidente pode ser consequência da redução no quadro de funcionários da estatal e nos investimentos em manutenção.

“A Petrobrás fez um programa de demissão voluntária e não houve reposição do quadro de funcionários. Uma das linhas de investigação nossa para a explosão é a falta de efetivo, e outro problema é a falta de manutenção”, aponta.