Comunicação SEESP
Professor do Instituto de Ordenamento do Território (Igot) da Universidade de Lisboa, Nuno Marques da Costa fala sobre as ferrovias em Portugal em entrevista com o presidente da Frente Nacional pela Volta das Ferrovias (FerroFrente), José Manoel Ferreira Gonçalves.
O especialista conta que após um longo período de investimentos apenas em rodovias, Portugal apresenta hoje novos caminhos às ferrovias, “por interesses ecológicos que o próprio estado português tem, sobre a questão das emissões de gás carbônico”, em suas palavras.
José Manoel ressalta o modelo adotado no país europeu, com administração dos trilhos e infraestrutura pública e a operação feita por concessionários, que Costa afirma funcionar bem. Nesse sentido, ele aborda o trabalho da agência reguladora, uma entidade pública independente do governo, que trata, entre outros pontos, do direito de passagem. Em sua visão, o direito de passagem é o principal item para o desenvolvimento das ferrovias. “Aumenta competitividade entre os vários operadores de transportes sem haver impedimentos dos operadores de infraestrutura”, ele afirma.
Referente ao Brasil, Costa vê na dimensão continental do País uma oportunidade de desenvolvimento com as ferrovias e também hidrovias. Em sua análise, as ferrovias são mais eficientes, mesmo se usadas a diesel. No entanto ele defende a eletrificação e a preocupação, em todos os modais, em diminuir as emissões de poluentes. Neste aspecto, o professor afirma: “Não é um desafio só para o Brasil, é um desafio mundial”.
Confira a entrevista completa:
O assunto abordado por Costa e José Manoel também foi tema de seminário realizado pelo SEESP e pela FerroFrente, em 4/12 último, chamado “Ferrovia essencial”. Clique aqui e assista.