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27/11/2020

Kirchner e Vitale falam sobre ordenamento de redes em evento virtual

Comunicação SEESP

O diretor do SEESP, Carlos Augusto Kirchner e o consultor sindical Marcius Vitale, coordenador do Grupo de Infraestrutura, ligado ao Conselho Tecnológico do sindicato, participaram da 6ª Edição Virtual do FTTH Meeting (encontro regional de provedores do setor de telecomunicações). Na pauta, o reordenamento de fios e cabos de energia nas cidades. O site de notícias InfraROI, especializado em infraestrutura, fez uma cobertura da participação dos especialistas e publicou duas matérias escritas, bem como o vídeo da atividade.

 

kirchner e marcius interna

Kirchner contou detalhes sobre o projeto em Bauru, no interior paulista, onde atua, que criou  a Comissão de Infraestrutura Aérea Urbana (Coinfra), formada por 15 membros, entre representadas da prefeitura, de entidades de classe e universidades, prestadores de telecomunicações e concessionária de energia elétrica, prevista no Decreto 13.559/17, para discutir soluções ao reordenamento de fios e cabos, medida que vai ao encontro da legislação municipal sobre o tema (nº 6.679/2016). Ela dispõe sobre a obrigatoriedade de a concessionária de serviço público de distribuição de energia elétrica, no caso a CPFL Paulista, regularizar o emaranhado, bem como notificar as operadoras responsáveis pelos cabos. A comissão está prevista na chamada Lei Geral de Antenas (nº 13.116/17), de âmbito federal.

A publicação destacou que o município é um dos principais exemplos nacionais de que é possível se livrar do emaranhado de cabos nos postes. “A Coinfra tem como princípio tratar da ocupação e respeito ao espaço aéreo público, de modo que equipamentos e fiações devem ser ordenados, começando pela retirada de cabeamentos inativos (inservíveis)”, explicou Carlos Kirchner, que preside a Coinfra. O especialista contou detalhes do projeto da cidade do interior paulista durante a 6ª Edição Virtual do FTTH Meeting (veja o vídeo abaixo).


O diretor do sindicato detalhou que a cidade foi dividida em 12 setores, com prazos estabelecidos para o ordenamento das redes em cada um deles. A primeira fase do ordenamento é o que a Coinfra chama de “faxina de cabos mortos” e esse processo está em andamento há cerca de dois anos. “A faxina dos cabos inservíveis é parte fundamental e resolve boa parte do problema no ordenamento de redes aéreas”, diz Kirchner.

Já Vitale traçou um panorama sobre a situação dos fios e cabos nas grandes e pequenas cidades, que também sofrem com a desorganização nesse espaço. Ele contou que, com a privatização e o espaço aberto a novos concorrentes no setor, o rigor nos procedimentos e fixação e manutenção de redes foi se flexibilizando. Na última década, a explosão do mercado de provedores regionais para atender à alta demanda da população por conexão de banda larga tornou o cenário caótico e agora as concessionárias de energia elétrica, prefeituras e o setor de telecomunicações estudam saídas para reverter o cenário.

“A situação atual é complexa, pois temos redes de TV a cabo, redes de cabos metálicos e ópticos de operadoras e provedores de internet, redes primárias e secundárias de energia, transformadores, braços de iluminação pública, amplificadores e dispositivos como armários de distribuição aéreos, caixas de emenda óptica, reservas técnicas e dezenas de canos galvanizados para subidas de lateral [eles interligam as caixas subterrâneas com a rede aérea]”, disse Vitale.

Para o especialista, parte da solução passa pelo compartilhamento de infraestruturas, mas esse é um processo que exige devida organização, com um gestor responsável e com a avaliação minuciosa de cada cenário individualmente. “Na verdade, não há solução pronta. Cada projeto precisa analisar as condições do entorno para minimizar perdas nas implantações de redes ópticas. Além disso, é preciso considerar as condições físicas dos postes e do subsolo, as exigências das prefeituras, as normas técnicas, normas de segurança do trabalho e outros parâmetros”, diz.

Leia a íntegra das duas matérias:

Protagonismo do município pode resolver ordenamento de cabos nos postes

O poste não é infinito

No vídeo abaixo, confira a participação do diretor Carlos Kirchner, e do consultor sindical Marcius Vitale, coordenador do Grupo de Infraestrutura, ligado ao Conselho Tecnológico do sindicato - a partir de 01:04:00 (uma hora e quatro minutos do vídeo):






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