Comunicação SEESP
O SEESP lamenta a morte, ontem (1º/7), aos 71 anos, do engenheiro Sérgio Storch, vítima de covid-19. Com PhD em administração no MIT, foi um defensor incansável dos direitos humanos, na consolidação da democracia no pós-ditadura, na construção da paz inter-religiosa. Nos últimos anos, estava sendo um grande aliado na defesa da agroecologia e do combate à fome no Brasil. O ativista integrava o Conselho Consultivo da CNTU.
Esteve presente com vigor na articulação da campanha Gente é Prá Brilhar, Não para Morrer de Fome. Foi fundador da Rede de Judeus Progressistas do Brasil, da Frente Inter-religiosa Dom Paulo Evaristo Arns, da Convergência pelos Direitos, da rede Josué de Castro de Soberania e Segurança Alimentar e da Rede Paulo Freire do Nordeste.
Trabalhava incansavelmente para sensibilizar os nove governadores do Consórcio do Nordeste a investir na agricultura familiar, na educação alimentar e em soluções inovadoras para a fome. Via na construção de sistemas alimentares saudáveis a semente de uma solução sistêmica para as mazelas da sociedade. Fez parte da Rede de Apoio ao combate à Covid, através da Plataforma Mandacaru; dos Engenheiros Pela Democracia; do coletivo Coolmeia e de tantas e tantas iniciativas de resistência.
Diversas organizações sociais e entidades divulgaram nota de pesas. A Comissão Justiça e Paz de São Paulo manifestou "imenso pesar e tristeza".
Allen Habert, diretor do SEESP, escreveu:
“Sérgio tocou a cada um de um determinado jeito. Sabia que estabelecer uma ponte,dialogar com uma pessoa era investir e confiar em toda a humanidade. Uma a uma. Numa revolução do pouquinho como gostávamos de falar.
Prezava muito as relações intergeracionais. Acreditava que os jovens poderiam empurrar os outros a saírem da zona de conforto. Sabia provocar os jovens e animá-los para nadarem no mar aberto. Nos últimos anos Sérgio mergulhou plenamente naquilo que ele sempre procurava. E aí ele disparou. Encantou-se e encantou.
E vai continuar a dialogar muito conosco. Nos animando e nos fazendo crer que vale a pena esperançar e realizar os sonhos que tanto acalentava.
Shalom.
Namaste.
Sayonara."