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10/08/2021

Engenharia se faz com a mão na massa

 

Comunicação SEESP

 

Nesta segunda-feira (9/8), o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP, José Roberto Cardoso, abordou em live do sindicato as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de graduação em Engenharia, homologadas pelo Ministério da Educação em abril de 2019 e cuja elaboração teve a participação de amplos setores da área tecnológica. Para ele, as mudanças trazidas para a educação na área incorporam o mantra “mão na massa” – ou seja, “aprender fazendo”. “O que não é simplesmente atuar em laboratórios,que chamo de experiência de adestramento. É não mais ser um agente passivo, e sim criativo”, frisou.

 

"Engenharia se faz com a mão na massa – Teoria dando lugar à prática" foi o tema da atividade, que contou com apresentação dos coordenadores do Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP Marcellie Dessimoni, Clara Milla e Marcus Vinicius Villas Boas. A transmissão online ocorreu pelos canais do Facebook e Youtube da entidade.

 

Live com a participação do professor Cardoso e integrantes do Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP. Reprodução Youtube

 

Cardoso trouxe histórico dos debates que culminaram nas novas DCNs – a partir de 1998, quando empresários começaram a identificar deficiências na formação dos engenheiros. No ano seguinte, como contou ele, a fabricante americana do setor de aviação Boeing apresentou um relatório que incluiu as competências necessárias aos profissionais da categoria, além das tecnológicas. “São as chamadas Soft Skills, socioemocionais.” Não obstante, no Brasil, isso ganhou corpo sobretudo nos últimos cinco anos, a partir dos intercâmbios internacionais, “um dos frutos muito bons do programa Ciência sem Fronteiras”.

 

Entre as competências Soft Skills, saber se comunicar, trabalhar em equipe, ser flexível  – para adaptar-se rapidamente às novidades –, ter inteligência emocional e falar uma língua estrangeira, o que é “mandatório hoje, sobretudo ter domínio do inglês”. O professor da Poli-USP acrescentou ainda saber manusear ferramentas computacionais, ter amplo domínio de Tecnologias da Informação (TIs), “para fazer simulações”, além de Inteligência Artificial.

 

Hoje, conforme Cardoso, é preciso também ter raciocínio crítico e contribuir para soluções; não basta simplesmente “saber obedecer”. “Tem que aprender a ser líder, o que não se faz com autoridade, mas com influência”, vaticinou.

 

Tais transformações exigem, segundo o especialista, outra postura das escolas de engenharia. “É o que chamamos de metodologia de aprendizagem ativa”, ensinou. E pontuou: “Antigamente o professor era um monarca, falava o tempo todo, o estudante anotava, raramente fazia perguntas, depois ia para casa estudar. Agora o aluno, juntamente com o professor, tem que buscar o conhecimento, ser empreendedor e inovador.” O Estado, na sua ótica, tem papel importante para apoiar iniciativas que surjam desse processo. E a educação tem que ser continuada. “Todos precisam enfrentar esse desafio.” Por fim, ressaltou o papel da engenharia para a paz, com garantia de sustentabilidade nos projetos e obras.

 

Marcellie Dessimoni encerrou convidando o público a acompanhar live do Núcleo Jovem intitulada "The Jobflix", que trará o tema "Abraçando as oportunidades" e ocorrerá no próximo dia 17 de agosto, a partir das 19h30, nos canais do SEESP.

 

Confira a live "Engenharia se faz com a mão na massa" na íntegra:

 

 

 

 

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