Carlos Magno Corrêa Dias*
No período de 24 de agosto de 2021 até 5 de setembro de 2021 foi realizada a 16ª edição dos Jogos Paralímpicos na cidade de Tóquio, capital do Japão, os quais, mesmo sendo disputados em 2021, serão reconhecidos historicamente como Paralimpíada de Tóquio 2020. A pandemia de Covid-19 obrigou postergar a realização dos Jogos Paralímpicos de Tóquio para o ano seguinte.
Os Jogos Paralímpicos, ou Jogos Paralímpicos de Verão, ou Jogos da Paralimpíada, são realizados de quatro em quatro anos quando Atletas com Deficiência competem entre si em uma mesma cidade previamente escolhida seguindo a tradição que teve início com os Jogos Olímpicos de Verão de 1904.
Os primeiros Jogos Paralímpicos de Verão foram realizados em Roma, na Itália, em 1960, quando competiam apenas Atletas Paraplégicos em oito modalidades esportivas diferentes. Entretanto, em Toronto, no Canadá, em 1976, Atletas Amputados e Aletas com Deficiência Visual começaram a competir pela primeira vez. Somente a partir de 1988 é que os Jogos da Paralimpíada puderam ser disputados na mesma cidade de realização dos Jogos Olímpicos. Os Jogos Paralímpicos de Verão de 1988 foram realizados em Seul, na Coreia do Sul, aqueles Jogos Olímpicos que são considerados a gênese do Movimento Paralímpico moderno.
A partir dos Jogos Paralímpicos de Seul de 1988 é que as Paralimpíadas passaram a ter maior visibilidade e os Atletas Paralímpicos puderam usar a mesma estrutura dos Jogos Olímpicos. Em 1989 surgiu o Comitê Paralímpico Internacional e desde então os Jogos Paralímpicos ganharam mais atenção do público em geral e expressivamente o financiamento aos Atletas Paralímpicos se ampliou.
Há de se salientar, também, que além dos Jogos Paralímpicos de Verão ocorrem, desde 1976, as edições dos Jogos Paralímpicos de Inverno. Os primeiros Jogos Paraolímpicos de Inverno foram realizados na cidade de Örnsköldsvik, na Suécia.
A primeira participação do Brasil em Jogos Paralímpicos de Verão ocorreu na edição dos Jogos do ano de 1972, a qual foi realizada na cidade Heidelberg, na então Alemanha Ocidental. Entretanto, é apenas em 2014 que o Brasil participa de uma Paralimpíada de Inverno aquela que foi realizada na cidade de Sóchi, na Rússia.
O Brasil sediou os Jogos Paralímpicos de Verão de 2016, no Rio de Janeiro. Aquela edição dos Jogos Paralímpicos foi um marco importante, pois ocorreram pela primeira vez na América do Sul, na América Latina e em um país lusófono (país que fala Português ou têm a Língua Portuguesa como língua materna).
Embora o Brasil tenha iniciado sua participação em Paralimpíadas apenas em 1972 há registros que desde 1950 as práticas esportivas já eram desenvolvidas por Atletas Brasileiros com Deficiência. A primeira medalha do Brasil em Paralimpíadas foi a medalha de prata conquistada por Robson Sampaio Almeida e Luís Carlos Coutinho no “Lawn Bowls” (uma espécie de Bocha na grama) nos Jogos Paralímpicos de 1976 em Toronto, no Canadá.
Robson Sampaio Almeida foi, também, um dos iniciantes do Movimento Paralímpico no Brasil. Estando em tratamento hospitalar nos Estados Unidos presenciou a prática esportiva entre cadeirantes o que o motivou a trazer a modalidade adaptada para o Brasil.
Nos Jogos de Stoke Mandeville, no Reino Unido, em 1984, Amintas Piedade (atleta da Classe C1) conquistou o primeiro lugar no Arremesso de Peso e assim conquistou a primeira medalha de ouro em Paralimpíadas para o Brasil. Naqueles Jogos Paralímpicos de 1984 Amintas Piedade ganhou a medalha de ouro, também, no Lançamento de Dardo e outras duas medalhas de prata, uma no Lançamento de Disco e outra no Slalom (modalidade que deixou de integrar os Jogos Paralímpicos após os Jogos de Seul 1988 e que consistia na “realização de um percurso em cadeira de rodas (manual ou elétrica) composto por diferentes obstáculos, no menor tempo possível e com o menor número de erros cometidos”).
Com a ampliação da participação de Atletas com Deficiência, aumento significativo de investimentos, criação do Comitê Paralímpico Brasileiro em 1995, o Brasil foi se transformando em uma potência nos Jogos Paralímpicos passando a figurar no Top Dez da classificação geral nas Paralimpíadas a partir dos Jogos Paralímpicos de Pequim, em 2008.
O Brasil em Londres 2012, Rio de Janeiro 2016 e agora em Tóquio 202 se manteve, também, entre as dez Nações que mais medalhas conquistaram.
Na Paralimpíada de Tóquio 2020 o Brasil se classificou em sétimo lugar dentre os países concorrentes. Os Atletas Paralímpicos Brasileiros conquistaram 22 medalhas de ouro, 20 medalhas de prata e 30 medalhas de bronze; sendo que com as 22 medalhas de ouro de Tóquio 2020 o Brasil bate o recorde de sua participação nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 que era de 21 medalhas de ouro. Brasil igualou, também, sua melhor posição nos Jogos ao se classificar em Tóquio 2020 no sétimo lugar como foi em Londres 2012.
Nos Jogos da XVI Paralimpíada, em Tóquio, o Brasil igualou, também, seu recorde em número de medalhas obtido nas Paralimpíadas do Rio 2016, conquistando, o mesmo número de 72 medalhas no total. Incrível. Fantástico.
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 foram mais especiais ainda para o Brasil porque além do recorde de medalhas de ouro e de conseguir igualar a melhor classificação na história de sua participação, o Brasil cumpriu a meta de se manter no Top Dez dos melhores do mundo e entrou para o seleto grupo dos países que já conquistaram cem ou mais medalhas de ouro nas Paralimpíadas.
A centésima medalha paralímpica do Brasil foi conquistada por Yeltsin Francisco Ortega Jacques no Atletismo nos 1500 metros na classe T11 para atletas com cegueira quase total que correm ao lado de um atleta-guia e usam cordão de ligação. Yeltsin Francisco Ortega Jacques quebrou, também, o recorde mundial da prova.
No Atletismo os atletas que disputam provas de Pista tanto como de Velocidade, Meio Fundo, Fundo e Saltos quanto de Rua (Maratona) têm a letra “T” (de “Track”, “Pista” em português) na denominação da classe em que competem.
Muitos recordes Paralímpicos e Recordes Mundiais foram batidos nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 além de diversos Recordes Regionais ou Recordes Pessoais. Tóquio se tornou a primeira cidade a sediar os Jogos Paralímpicos de Verão por duas vezes, uma em 1964 e outra agora em 2021 (2020).
Nos jogos de Tóquio 2020 foram disputadas 22 modalidades paralímpicas; quais sejam: Atletismo (com provas de Corrida, Saltos, Lançamentos e Arremessos), Badminton, Basquetebol em Cadeira de Rodas, Bocha, Canoagem, Ciclismo Estrada e Pista), Esgrima em Cadeira de Rodas, Futebol de 5, Goalball, Hipismo, Judô, Levantamento de Peso, Natação, Remo, Rugby em Cadeira de Rodas, Taekwondo, Tênis de Mesa, Tênis em Cadeira de Rodas, Tiro Esportivo, Tiro com Arco, Triatlo, e, Vôlei Sentado.
Apenas Bocha (para atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas) e Goalball (desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual) são modalidades esportivas exclusivas dos Jogos Paralímpicos. As demais modalidades são adaptadas a partir das correspondentes disputadas nas Olímpiadas.
Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 duas novas modalidades passaram a integrar o programa: Taekwondo e Badminton. Contudo, as modalidades da Vela e do Futebol de Sete deixaram de compor os Jogos da XVI Paralimpíada de Tóquio 2020.
Todos os Atletas Paralímpicos Brasileiros fizeram bonito independentemente de conquistarem ou não medalhas. Todos são vencedores e merecem os melhores elogios. Os Atletas Paralímpicos do Brasil medalhistas estão entre os principais Atletas do planeta e mostraram para o mundo a força e a elevada performance do Atleta Paralímpico do Brasil.
Adria Silva, Ana Luisa A. de Souza Soares, Bruna Nascimento Lima, Camila Leiria, Edwarda Dias, Gizele Maria Dias, Jani Freitas, Laiana Rodrigues, Luiza Guisso Fiorese, Nathalie Silva, Nurya Silva e Pâmela Pereira conquistaram a medalha de bronze no Volei Sentado Feminino para atletas com alguma deficiência física ou relacionada à locomoção.
Alana Martins Maldonado conquistou a medalha de ouro no Judô na categoria até 70kg para atletas com deficiência visual.
Alessandro Rodrigo da Silva conquistou a medalha de ouro no Lançamento de Disco na classe F11 para atletas com deficiência visual.
Alessandro Rodrigo Silva conquistou a medalha de prata no Arremesso de Peso na categoria F11 para atletas com deficiência visual.
Os atletas no Atletismo que realizam provas de Campo como Arremessos e Lançamentos são identificados na classificação com a letra “F” (“Field”, que corresponde a “Campo” em português).
Alex de Melo de Souza, Emerson Ernesto da Silva, José Roberto Ferreira de Oliveira, Josemarcio da Silva Sousa, Leomon Moreno da Silva e Romário Diego Marques com seu Técnico Diego Colletes conquistam a medalha de ouro no Goalball Masculino modalidade disputada por atletas com deficiência visual das classes B1, B2 e B3. A letra “B” que precede as classes do Goalball refere-se à palavra inglesa “Blind” que significa “Cego” em português.
Alex Douglas Pires da Silva conquistou a medalha de prata na Maratona na classe T46 para atletas com grau moderado ou alto grau de deficiência em um ou ambos os braços ou com ausência de membros. Alex Douglas Pires da Silva quebrou o recorde das Américas na prova.
Beatriz Borges Carneiro conquistou a medalha de bronze nos 100 metros Nado Peito na classe SB14 para nadadores com deficiência intelectual.
Observe-se que a letra “S” quer dizer “Swimming” ou “Nado”. Assim, todas as classes da Natação têm um “S” no começo da classificação. A sigla “SB”, quer dizer “Nado Peito” ou “Breaststroke” e “SM” é usada para “Swimming Medley”, ou em português “Nado Medley”.
Bruna Costa Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos conquistaram a medalha de bronze no Tênis de Mesa nas classes TT9 para atletas com amputação simples abaixo do joelho e com bom equilíbrio dinâmico e deficiência mínima em uma perna e TT10 para atletas com amputação de 1/3 do antebraço do braço livre, com função normal do braço que joga e com deficiência muscular mínima em uma das pernas.
Bruna Costa Alexandre conquistou, também, a medalha de prata no Tênis de Mesa na classe TT10. As letras “TT” da classificação do Tênis de Mesa indicam “Table Tennis”.
Cássio Lopes dos Reis, Damião Robson, Gledson da Paixão Barros, Jardiel Vieira Soares, Jeferson da Conceição, Luan Gonçalves, Matheus da Costa Coelho Bumussa, Raimundo Nonato Alves, Ricardo Alves e Tiago da Silva conquistaram a medalha de ouro no Futebol de 5 para atletas com deficiência visual.
Cátia Cristina da Silva Oliveira conquistou a medalha de bronze no Tênis de Mesa nas classes TT1-2 para atletas em cadeiras de rodas com transtorno do movimento de alto graus no tronco e nas pernas e de grau moderado nos ombros e nos braços.
Ressalte-se que, como em todas as modalidades de esportes nas Paralimpíadas, quanto maior o número da classe tanto menor é o comprometimento físico do atleta.
Cecília Kethlen Araújo conquistou a medalha de prata nos 50 metros Nado Livre na classe S8 para nadadores com falta de coordenação motora de baixo grau, transtorno do movimento de grau moderado nas pernas, com apenas um braço funcional ou com ausência de membros.
Cícero Valdiran Lins Nobre conquistou a medalha de bronze no Lançamento de Dardo na classe F57 para atletas com deficiência nos membros inferiores que competem em cadeiras de rodas.
Claudiney Batista dos Santos conquistou a medalha de ouro no Lançamento de Disco na categoria F56 para atletas cadeirantes com sequelas de poliomielite, lesão medular ou amputação. Claudiney Batista dos Santos bateu o recorde olímpico.
Daniel de Faria Dias conquistou a medalha de bronze nos 200 metros Nado Livre na classe S5 para atletas com lesão medular completa abaixo de T1-8, ou lesão medular incompleta abaixo de C8, ou pólio comparado, ou acondroplasia de até 130 cm com problemas de propulsão, ou paralisia cerebral de hemiplegia severa.
Daniel de Faria Dias conquistou, também, a medalha de bronze nos 100 metros Nado Livre classe S5.
Daniel de Faria Dias, Joana Silva, Patrícia dos Santos e Talisson Glock conquistaram a medalha de bronze no Revezamento 4x50m Nado Livre Misto.
Daniel de Faria Dias disputou quatro edições dos Jogos Paralímpicos (Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2021) e é o maior medalhista paralímpico do Brasil da história. Daniel de Faria Dias subiu ao pódio por 27 vezes sendo o Atleta Paralímpico do Brasil com mais pódios na história das participações do Brasil em Paralimpíadas. Conquistou 14 medalhas de ouro, sete de prata e seis de bronze.
Débora Menezes conquistou a medalha de prata no Taekwondo na categoria até 58kg na classe K44 para atletas com falta de coordenação motora de baixo grau em um dos lados do corpo, de alto grau em um dos braços ou em um dos pés e tornozelo, ou com ausência de uma parte dos braços. O “K” na classificação vem da palavra “Kyorugui” (que significa “Luta” em português.
Douglas Matera, Lucilene Sousa, Maria Carolina Santiago e Wendell Belarmino Pereira conquistaram a medalha de prata no Revezamento 4 por 100 metros Nado Livre Misto.
Elizabeth Rodrigues Gomes conquistou a medalha de ouro no Lançamento de Disco na classe F53 para atletas que competem sentados com sequelas de poliomielite, lesões medulares ou amputações. Elizabeth Rodrigues Gomes quebrou o Recorde Mundial.
Fernando Rufino conquistou a medalha de ouro na disputa da Canoagem de 200 metros na classe VL2 para atletas que conduzem o barco apenas com os braços e troncos.
Gabriel Bandeira conquistou a medalha de ouro nos 100m Borboleta S14 para atletas com deficiência intelectual.
Gabriel Bandeira conquistou, também, a medalha de prata nos 200 metros Nado Medley na classe SM14 para atletas com deficiência intelectual e a medalha de prata nos 200 metros Nado Livre na classe S14.
Gabriel Bandeira juntamente com Ana Karolina Oliveira, Débora Borges Carneiro e Felipe Vila Real conquistam o bronze no Revezamento 4x100m Nado Livre Misto.
Gabriel Geraldo dos Santos Araújo (Gabrielzinho) conquistou a medalha de ouro nos 50 metros Nado Costas da classe S2 para nadadores com baixa funcionalidade com falta de coordenação motora de alto grau no tronco, nas pernas e nas mãos, e de baixo grau nos braços.
Gabriel Geraldo dos Santos Araújo (Gabrielzinho) conquistou, também, a medalha de prata nos 100m Nado Costas S2 e a medalha de ouro nos 200 metros Nado Livre na classe S2.
Giovane Vieira de Paula conquistou a medalha de prata na prova da Canoagem de 200 metros na classe VL3 para atletas que têm um transtorno do movimento de baixo grau na base do tronco e nas pernas, de grau moderado em uma das pernas ou ausência de membros.
Jardênia Felix conquistou a medalha de bronze nos 400 metros na classe T20 para atletas de pista com deficiências intelectuais.
Jerusa Geber com seu Guia Gabriel Garcia conquistaram a medalha de prata nos 200 metros na classe T11 para atletas com cegueira quase total que correm ao lado de um atleta-guia e usam o cordão de ligação.
João Victor Teixeira conquistou a medalha de bronze na disputa do Lançamento de Disco na classe F37 para atletas com transtorno do movimento e falta de coordenação motora de grau moderado em um dos lados do corpo e a medalha de bronze no Arremesso de Peso na classe F37.
José Carlos Chagas conquistou o bronze na Bocha no individual na classe BC1 para atletas com transtorno do movimento de grau moderado nos braços e ombros e de alto grau no tronco e nas pernas. Nesta classe BC1 os competidores podem ter auxílio para estabilizar a cadeira de rodas e receber a bola.
Jovane Guissone conquistou a medalha de prata na Esgrima na Espada na Categoria B para atletas com falta de coordenação motora no tronco e nas pernas podendo ter esgrimistas que têm o braço que manuseia a espada também afetado.
Julyana Cristina Silva conquistou a medalha de bronze no Lançamento de Disco na classe F57.
Lúcia Araújo conquistou a medalha de bronze no Judô na categoria até 57 kg para atletas com deficiência visual.
Luis Carlos Cardoso conquistou a medalha de prata na Canoagem de Velocidade na categoria KL1 para atletas com transtorno do movimento de alto grau no tronco e nas pernas.
Maciel Sousa Santos conquistou medalha de bronze na Bocha no individual na classe BC2 sem opção de auxílio de ajudantes para atletas com transtorno do movimento de baixo grau a grau moderado no tronco e membros ou de alto grau nas pernas.
Marco Aurélio Borges conquistou a medalha de prata no Arremesso de Peso na categoria F57 para cadeirantes.
Maria Carolina Gomes Santiago conquistou a medalha de ouro nos 100 metros Nado Peito na classe SB12 para atletas com deficiências visuais quebrando, também, o recorde paralímpico da prova, a medalha de bronze nos 100 metros Nado Costas na classe S12 para atletas com deficiências visuais, a medalha de ouro nos 100 metros Nado Livre da classe S12 e a medalha de ouro nos 50 metros Nado Livre na classe S13 para atletas com deficiências visuais.
Mariana D'Andrea conquistou a medalha de ouro no Levantamento de Peso na categoria até 73kg para atletas com transtorno do movimento de alto grau nas pernas, com baixa estatura ou têm ausência de membros, mas que necessitam ter os dois braços aptos a competir.
Mariana Gesteira Ribeiro conquistou a medalha de bronze nos 100 metros Livre na classe S9.
Marivana Oliveira conquistou a medalha de prata no Arremesso de Peso na classe F35 para atletas andantes com paralisia cerebral.
Mateus Evangelista Cardoso conquistou a medalha de bronze no Salto em Distância na classe T37 para atletas andantes com paralisia cerebral.
Meg Emmerich conquistou a medalha de bronze no Judô na categoria acima de 70kg para atletas com deficiência visual.
Nathan Torquato conquistou a medalha de ouro no Taekwondo na categoria K44 até 61 quilos para Atletas com amputação de braço.
Petrúcio Ferreira dos Santos conquistou a medalha de bronze nos 400 metros na classe T47 para atletas com grau moderado ou alto grau de deficiência em um ou ambos os braços ou com ausência de membros e a a medalha de ouro nos 100 metros rasos na classe T46/47 para atletas com grau moderado ou alto grau de deficiência em um ou ambos os braços ou com ausência de membros. Petrúcio Ferreira dos Santos conquistou, também, o recorde paralímpico.
Phelipe Andrews Melo Rodrigues conquistou a medalha de bronze nos 50 metros Nado Livre na classe S10.
Raissa Rocha Machado conquistou a medalha de prata no Lançamento de Dardo F56 para atletas cadeirantes com sequelas de poliomielite, lesão medular ou amputação.
Renê Campos Pereira conquistou a medalha de bronze no Remo Skiff Simples na classe PR1 para atletas que têm falta de coordenação motora de grau moderado, transtorno do movimento de alto grau na base do tronco e nas pernas ou ausência de membros.
Ricardo Gomes de Mendonça conquistou a medalha de bronze nos 200 metros na classe T37.
Rodolpho Riskalla conquistou a medalha de prata no Hipismo na classe IV para atletas com comprometimento leve em um ou dois membros e com deficiência visual moderada.
Silvana Fernandes conquistou a medalha de bronze no Taekwondo na disputa até 58kg na classe K44.
Silvânia Costa de Oliveira conquistou a medalha de ouro no Salto em Distância na classe T11 para atletas totalmente cegos que correm sem contato físico com os guias e são orientados apenas pelo som da voz do guia que reforça o momento para que o atleta salte.
Talisson Glock conquistou a medalha de bronze nos 100 metros Nado Livre na classe S6 para atletas com deficiências físicas com média funcionalidade e a medalha de ouro nos 400 metros Nado Livre, também, na classe S6.
Thalita Vitória Simplício da Silva com seu guia Felipe Veloso da Silva conquistaram a medalha de prata nos 200 metros na classe T11 para atletas com cegueira quase total que correm ao lado de um atleta-guia e usam o cordão de ligação e a medalha de prata no Atletismo nos 400 metros na classe T11.
Thiago Paulino conquistou a medalha de bronze no Arremesso de Peso na classe F57 para cadeirantes.
Thomaz Moraes conquistou a medalha de prata nos 400 metros na categoria T47 para atletas com grau moderado ou alto grau de deficiência em um ou ambos os braços ou com ausência de membros.
Vinícius Gonçalves Rodrigues conquistou a medalha de prata no Atletismo nos 100 metros na categoria T63.
Wallace Santos conquistou a medalha de ouro no Arremesso de Peso na classe F55 quebrando, também, o Recorde Mundial da prova.
Washington Assis do Nascimento Júnior conquistou a medalha de bronze nos 100 metros Livre na classe T47 para atletas com grau moderado ou alto grau de deficiência em um ou ambos os braços ou com ausência de membros.
Wendell Belarmino Pereira conquistou a medalha de bronze nos 100 metros Nado Borboleta na classe S11 para deficientes visuais e a medalha de ouro nos 50 metros Nado Livre, também, na classe S11.
Yeltsin Francisco Ortega Jacques conquistou a medalha de ouro no Atletismo nos 5000 metros na classe T11 para atletas com cegueira quase total que correm ao lado de um atleta-guia e usam o cordão de ligação.
Yeltsin Francisco Ortega Jacques com seu guia Antônio Carlos dos Santos conquistam a medalha de ouro no Atletismo nos 1500 metros na classe T11. Yeltsin Francisco Ortega Jacques e Antônio Carlos dos Santos quebraram, também, o recorde mundial da prova.
Uma lista de feras que impressionaram o mundo na Paralimpíada de Tóquio 2020.
Que os Atletas Paralímpicos Brasileiros continuem a excelente performance e que brilhem ainda mais na próxima edição dos Jogos Paralímpicos que acontecerão em Paris, na França, em 2024.
Em 22 de setembro, celebra-se o Dia Nacional do Atleta Paralímpico e em 21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, a importância e a necessidade da inclusão das Pessoas com Deficiência foi novamente evidenciada pontualmente para se rever posicionamentos que excluem as Pessoas com Deficiência.
Que os paradigmas da sociedade em relação às Pessoas com Deficiência evoluam para a plena inclusão e que os exemplos dos Atletas Paralímpicos sejam inspiração não apenas para ampliar o número de participantes nos Esportes Paralímpicos, mas, também, para se entender que o potencial das Pessoas com Deficiência deve ser somado para se multiplicar mais resultados quando se pretende desenvolvimento e progresso de uma Nação.
Parabéns para os Atletas Paralímpicos do Brasil. Que cada vez mais a inclusão das Pessoas com Deficiência seja o objetivo das Políticas Públicas no Brasil. Uma Nação Soberana é construída com a contribuição de todos os seus Cidadãos.
* Carlos Magno Corrêa Dias é professor, pesquisador, conselheiro efetivo do Conselho das Mil Cabeças da CNTU, conselheiro sênior do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) do Sistema Fiep, líder/fundador do Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento Tecnológico e Científico em Engenharia e na Indústria (GPDTCEI), líder/fundador do Grupo de Pesquisa em Lógica e Filosofia da Ciência (GPLFC), personalidade empreendedora do Estado do Paraná pela Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep).