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25/07/2023

Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha tem marchas em todo o País

Brasil de Fato

 

Marchas, palestras, atividades culturais, rodas de conversa: o “julho das pretas”, mês que tem o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha nesta terça-feira (25/7), como data central, tem cerca de 450 atividades organizadas em 20 estados brasileiros neste ano de 2023.

 

AtoDiaInternacionalMulherNegraLatinoAmericanaCaribenha BrasilDeFato“Mulheres negras em marcha por reparação e bem viver” é o tema norteador das atividades e será também o eixo da Segunda Marcha Nacional das Mulheres Negras, prevista para 2025. A primeira aconteceu em 2015 e reuniu cerca de 50 mil mulheres em Brasília.  

 

Na capital paulista, a oitava Marcha das Mulheres Negras de SP tem concentração marcada para 17h desta terça, na praça da República. A caminhada em direção ao Teatro Municipal (onde foi fundado o Movimento Negro Unificado em 1978) começa às 19h30.

 

“Nós, mulheres negras, indígenas e imigrantes em diáspora denunciamos o genocídio racista desde sempre. Mas o dia 25 de julho é um dia de celebração e também o momento de reafirmar que estamos em marcha por direitos e contra o genocídio do povo preto, dos povos indígenas, das LGBTQIA+, das vítimas do feminicídio, contra todas as formas de opressão e pelo Bem Viver”, ressalta o manifesto da Marcha das Mulheres Negras de SP.

 

“Somos descendentes e herdeiras da luta e da resistência negra contra o criminoso sistema de escravidão que ainda não acabou, já que até hoje não recebemos a devida reparação necessária para o desenvolvimento da nossa cidadania plena”, reivindica o texto.

 

Em Vitória (ES), Salvador (BA), Fortaleza (CE) e outras cidades também acontecem atos marcando a o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha – confira aqui na reportagem do Brasil de Fato.

 

A data

O 25 de julho começou a ser comemorado em Santo Domingo, na República Dominicana, onde aconteceu o primeiro encontro de mulheres negras latino-americanas e caribenhas em 1992. A partir daí, a data foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). 

 

No Brasil, em 2014 a Lei 12.987 estabeleceu o 25 de julho também como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A homenageada foi líder do Quilombo Quariterê no século 18, comunidade localizada na fronteira entre o Mato Grosso e a Bolívia.

 

Referida como “rainha”, Tereza esteve no comando do quilombo, que reunia cerca de 100 pessoas e se organizava politicamente por meio de um conselho, ao longo de duas décadas.   

 

 

 

 

 

 

 

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