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20/07/2012

Trabalhadores de frigoríficos pedem pausas para descanso

Com mercado em expansão após fusão da Sadia e da Perdigão (agora BR Foods), trabalhadores do setor frigorífico ainda aguardam a regulamentação das atividades no país, com a criação da Norma Regulamentadora (NR) dos Frigoríficos. Desta vez, entra em pauta as pausas obrigatórias para descanso, uma das principais reivindicações da categoria, que prevê a redução dos acidentes e doenças de trabalho. Serão beneficiados aproximadamente meio milhão de trabalhadores e a previsão é que a norma entre em vigor até outubro deste ano.

Consciente da realidade vivida nos frigoríficos, Carlúcio Gomes da Rocha representa os trabalhadores na Comissão Tripartite de Trabalho. Após sofrer na pele as consequências das atividades penosas no setor, ele afirma que a possibilidade de descanso irá contribuir para reduzir grande parte dos acidentes de trabalho. De 2008 a 2010, foram registrados mais de 61 mil acidentes no setor, segundo dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), do Ministério da Previdência Social.

"Posso dizer que o que vai resolver a questão dos acidentes nos frigoríficos são as pausas de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados. E isso é o que defendemos e não iremos mudar porque não se trata de um pedido qualquer, mas da afirmação profissional de peritos médicos, além de alguém que viveu por 35 anos essa experiência", afirma Rocha, afastado diversas vezes para tratar inflamações nos ombros conhecidas como bursite.

Segundo o ex-trabalhador de 64 anos, alerta sobre o afastamento de trabalhadores que contraem infecções ou doenças comuns do setor como tendinite e LER (Lesões por Esforço Repetitivo).

"Os empresários estão conscientes de que precisam mudar, mas afirmam que é impossível manter um frigorífico com essas condições, por elevar alguns custos na produção. Este é um setor que exige funções e esforços altamente repetitivos que geram graves problemas de saúde, então, se não for para defender a saúde do trabalhador, não iremos aceitar, pois a saúde do trabalhador não tem preço e quem paga depois é a sociedade, com tanto trabalhador doente afastado pela Previdência", explica.

 

Imprensa – SEESP
* Informação da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins)



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