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27/07/2012

Ana Luiza: governar para os trabalhadores

Essa é a proposta de Ana Luiza (PSTU) para a administração de São Paulo, apresentada à categoria durante o ciclo de debates “A engenharia e a cidade”, no dia 27 de julho, na sede do SEESP, na Capital. Após expor sua trajetória profissional, sindical e política, a candidata destacou: “A lógica no município hoje é governar para os ricos. Precisamos que o orçamento da Prefeitura seja investido em infraestrutura, hospitais, escolas, moradias para os trabalhadores. Os recursos hoje, na sua maioria, não são utilizados dessa forma.” Para assegurar mais dinheiro às demandas da população, consta em seu plano de governo suspender o pagamento da dívida pública do município com a União – segundo Ana Luiza, já quitada, dados os juros extorsivos. Outra forma é rever contratos de terceirização. Além disso, integrar campanhas nacionais como a pela garantia de 10% do PIB (produto interno bruto) para a educação, 6% para a saúde e 2% para a ampliação do transporte público.

* Veja aqui as fotos do debate

A verba que voltaria aos cofres da Prefeitura seria investida por exemplo para se construir 2 mil creches, oferecendo 300 mil vagas. Na área da saúde, a promessa é de construção de imediato de mais três hospitais públicos em São Paulo, “principalmente na periferia, onde falta tudo”. Ana Luiza completou: “Também vamos abrir concursos públicos para ter mais servidores e prestar melhor atendimento.”

No transporte, a proposta é assegurar mais transporte coletivo de qualidade, o que abrange ampliar os corredores de ônibus e discutir o valor da passagem, que “precisa ser subsidiada”. Com isso, acredita a candidata, seria possível chegar ao valor de R$ 1,00, ante os R$ 3,00 atuais. “Vamos reestatizar o transporte e as contas serão acompanhadas pela população”, acrescentou. Aliás, sua proposta é formar conselhos para participação popular na gestão.

Na área social, destacou a questão dos moradores de rua, muitos dependentes químicos, que precisariam de tratamento e habitação adequada. “Existem em torno de 500 mil pessoas em situações muito precárias, é preciso uma política para mudar isso. Há muitos imóveis no centro da cidade, a Prefeitura tem que avaliar para que sejam desapropriados, propiciando moradia com dignidade e melhores condições.” A reurbanização de favelas foi outro ponto levantado por Ana Luiza, bem como a Prefeitura realizar campanhas contra todas as formas de opressão – como machismo, racismo, homofobia. A candidata prometeu salários iguais para “mulheres e homens, negros e negras e brancos, homossexuais e heterossexuais”. E ainda, discutir com o Estado ter delegacias da mulher que funcionem aos sábados, domingos e após as 18h, bem como casas abrigo para vítimas de violência doméstica. Ela ressaltou também o apoio à campanha por boicotes ao apartheid de Israel e às lutas dos trabalhadores em todo o mundo.

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP

 
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