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13/11/2012

Preservar o ambiente e minimizar impactos

"Podemos ter um mundo sustentável, mas é preciso ação coletiva." Com essas palavras, Heitor Gurgulino de Souza, presidente do Capítulo Brasileiro do Clube de Roma, deixou sua mensagem na manhã deste dia 13, durante o VI EcoSP (Encontro Ambiental de São Paulo). Abordando o tema "Limites do crescimento e o mundo em 2052", ele traçou histórico do trabalho feito desde a instituição do Clube de Roma, que teria sido pioneiro em discutir sustentabilidade, há 40 anos, e apontou as perspectivas para as próximas quatro décadas.  Segundo sua preleção, estudo feito pelo especialista norueguês Jorgen Randers, que resultou na publicação do livro "2052, a Global Forecast for the Next Forty Years", aponta cenários possíveis para o futuro. Entre suas projeções, a de que tem havido expansão demográfica, mas essa situação vai se estabilizar entre 2040 e 2050, quando o mundo deverá ter 8,1 milhões de habitantes. O mesmo ocorrerá com a produção industrial e o crescimento econômico global. "A poluição terá um pico em 2040 e depois vai começar a diminuir." Gurgulino relatou que o uso de combustíveis fósseis deve se reduzir a partir de 2020, assim como a emissão de gás carbônico. Em contrapartida, haverá rápido aumento do uso de energias renováveis. E a temperatura média do planeta o nível do mar devem subir.

Esses temas estiveram em pauta durante a Rio+20, Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em junho último no Rio de Janeiro. Contudo, o palestrante acredita que o evento deixou a desejar em função de algumas dificuldades, como a obrigatoriedade de que os diversos países aprovem resoluções por consenso e a própria crise mundial. "Os aspectos político e socioeconômico não permitiram mais do que se conseguiu obter." Ele vaticinou: "Se queremos criar um mundo melhor, será preciso melhorar o bem-estar da população, criar instituições supranacionais (para pensar saídas), diminuir o uso de carvão, gás e oléo primeiro nos países ricos, que devem bancar uma economia baseada na baixa utilização desses nos pobres. Será necessário ainda encontrar lideranças para soluções construtivas. Temos capacidade, só falta vontade. Com crescimento e tecnologias podemos realizar grandes coisas para toda a humanidade."

 

Experiência do Rodoanel
Além desse tema, na manhã do dia 13 o gerente ambiental da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), Marcelo Arreguy Barbosa, abordou "Questões ambientais da implantação do Rodoanel". Focando no trecho norte, cujas obras terão início até o final de 2012, ele lembrou que o oeste e o sul já estão em funcionamento e o leste, em implantação. Para cumprir as exigências ambientais, a busca é por evitar interferências em superfície com unidades de conservação existentes, reduzir impactos sociais na remoção de moradias, preservar vegetação florestal, evitar traçados que afetem reservatórios, entre outros. Para tanto, têm sido adotadas soluções de engenharia, além de monitoramento e gestão ambiental. "O foco é na preservação e compensação, o que representa economia de recursos e reduz riscos futuros." Conforme Barbosa, em relação a compensações, a expectativa é que, no trecho norte, sejam suprimidos 130 hectares de vegetação e plantados pelo menos mil. "Estamos trabalhando com a Prefeitura no sentido de criar parques."

* Veja aqui a apresentação de Heitor Gurgulino de Souza

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP

 

 

 

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