logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

×

Atenção

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 69

22/01/2013

A importância das cartas acústicas para as cidades brasileiras

PoluiosonoradentroA poluição sonora sempre foi pouco debatida no Brasil e a ênfase maior das questões ambientais, em geral, fica centrada na poluição do ar e da água. Porém, esse cenário está mudando, pois na medida em que provoca doenças como distúrbios do sono, stress, depressão, irritabilidade e até problemas cardiovasculares, a poluição sonora é considerada problema de saúde pública pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

Pretendemos convencer prefeitos e vereadores recentemente eleitos a respeito da importância do mapeamento acústico das cidades. Mas essa é a tarefa difícil, pois será preciso haver “vontade política”, já que o mapeamento acústico das cidades é um processo que exige tempo e investimentos e representa apenas o primeiro passo para o início de um processo de Gestão de Ruídos Urbanos.

Na Europa, esta iniciativa não partiu dos municípios, mas sim da imposição do Parlamento Europeu que, por meio da Diretiva Europeia, definiu, em 2002, um plano de ações e metas para combate a poluição sonora. Na América Latina, Santiago (Chile), Bogotá (Colômbia) e Buenos Aires (Argentina) já dispõem de uma cartografia sonora. No Brasil, apenas Fortaleza (CE) tomou a iniciativa, e iniciou seu mapeamento por meio da Secretaria do Meio Ambiente.

A Carta Acústica de Fortaleza é um instrumento de desenvolvimento sustentável, e representa um diagnóstico fundamental para a análise da saúde acústica do município, a ser utilizado pelos técnicos de planejamento urbano, de fiscalização de poluição e pelos cidadãos. A metodologia adotada, do tipo híbrido, essencialmente previsional, é complementada com medições experimentais para validação e aferição. Foram seguidos os critérios subjacentes às exigências europeias, bem como as mais recentes diretrizes elaboradas pelo EU Noise Policy Working Group on Assessment of Exposure to Noise.

No caso de Fortaleza, a elaboração da carta acústica teve como base um modelo acústico 3-D ordenado através da construção de um conjunto de bases de dados referentes à topografia, ao edificado e às fontes emissoras de ruído. Os pontos de avaliação sonora são colocados nos vértices da malha considerada mais adequada às características de cada zona em estudo no município. Com o software CADNAA foram desenhadas as curvas isofônicas que proporcionam amplo espectro de informações.

A carta acústica não é somente um compromisso de melhoria da qualidade ambiental perante os munícipes, mas, também, uma poderosa ferramenta de controle do ruído urbano. As informações constantes das Cartas de Ruído permitem a integração com o Plano Diretor das cidades e servem de base a decisões para as estratégias de intervenção e formulação de leis contra a poluição sonora nos três níveis de governo. Além disso, identificam fontes importantes, tais como o ruído do trânsito rodoviário, ferroviário, aéreo, industrial, e de locais de entretenimento, entre outros.

* por Davi Akkerman é engenheiro civil e presidente da ProAcústica (Associação Brasileira para a Qualidade Acústica)


Imprensa - SEESP
Imagem do site www.adjorisc.com.br
Foto da home: Diário do Rio de Janeiro 



Lido 4103 vezes
Gostou deste conteúdo? Compartilhe e comente:
Comentários  
# Ruídos na orla da praiaRicardo 15-02-2013 17:09
O engenheiro está correto sobre o projeto sustentável, mas os moradores da orla de Santos devem também saber que o espaço da praia é público e também somos a principal cidade do Estado mais importante do país, e eventos devem ocorrer sim, e com maior escalas e proporção. Temos o maior porto da américa latina, fomos estancia balneária, recebemos toda a frota de navios de turismo , pessoas e mais pessoas frequentam nossa cidade e digno que tenhamos eventos e ações internacionais, e não apenas bandas em tendas e sim mais bandas e grupos artísticos e esportivos por todo o verão e também e dias de comemorativos. A orla da praia não é privilégio do moradores do prédios em sua frente, exemplo este ano de 2013 , tivemos um Carnaval micho ( regrado com horários), ele perdeu sua origem de festa, a folia a irreverencia em nome de pseudo sossego. Todos sabem que nesta época é momento de celebração e comunhão com as pessoas e não de dizer NÃO PODE, já ficamos mais de vinte anos sem poder escolher nosso destinos eleitorais e não permitiam nossa liberdade. Chega de tanto implicar, já não tem nada na orla: poucos restaurantes, o comércio nem existe, a Concha acústica virou uma ostra fechada, o carnaval foi pra ZN, as bandas e baladas pro centro, em patrimônios históricos que daqui algum tempo poderão ruir, agora o Carnaval. Faz me o favor , não curte , sai , viaja , cinema , mato ou como todos que moram ali tem recursos financeiros visitem outros locais durante a "ex folia do Momo", não venha podar o que já é pouco. Santos província NÃO.
abs e obrigado
Responder
Adicionar comentário

Receba o SEESP Notícias *

agenda