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05/06/2013

Novo contrato do lixo prevê fim da coleta porta a porta em Campinas

A Prefeitura de Campinas prevê substituir a partir do próximo ano o atual modelo de coleta de lixo feita de porta em porta. O objetivo é implantar contêineres subterrâneos nas regiões mais adensadas da cidade para descarte pela população. A medida está dentro do projeto de Parceria Público Privada (PPP) para o lixo, em fase de elaboração pela Secretaria de Serviços Públicos. O objetivo é tratar 100% do lixo, como exige a Política Nacional de Resíduos Sólidos e acabar com os aterros sanitários, em fase de esgotamento na cidade. O projeto técnico básico deve ficar pronto em julho e o processo de licitação deve ser concluído em um prazo estipulado de seis meses a um ano.

O Projeto de Valorização de Resíduos terá três etapas. A primeira será a instalação de uma usina de reciclagem, onde os sacos de lixo serão abertos e acontecerá a seleção do material. Segundo o secretário Ernesto Dimas Paulella, o processo de separação de lixo reciclável no domicílio continuará a ser feito. “Pretendemos dar um plus nessa fase e chegar à reciclagem de 20% de todo o lixo.” Atualmente, apenas cerca de 2% do lixo é reciclado. A secretaria estuda a viabilidade de contratar diretamente as cooperativas para fazerem a coleta de recicláveis. “Elas receberiam da Prefeitura por tonelada de lixo reciclado e teriam uma receita maior para se equipar e se profissionalizar.”

Cerca de 40% do material seriam aproveitados por uma usina de compostagem de lixo orgânico. “O lixo brasileiro é um material muito rico para ser transformado em fertilizante agrícola. A ideia é aproveitar 40% do lixo nessa fase”, diz o secretário. Os 40% restantes, segundo Paulella, seriam transformados em combustível derivado de resíduos. “O que sobrou vai para um grande liquidificador, onde será triturado, compensado e transformado em carvão do lixo. Tem valor calórico e pode ser utilizado para queimar em caldeira.”

O aproveitamento do lixo chegaria a 100%, como prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e, consequentemente, os aterros sanitários seriam desnecessários. “Todo o resíduo aí tem o seu valor econômico, social e ambiental. De forma que não restará nada de lixo a ser colocado em aterro. Apenas uma parte residual, como serragem, metais, que deve ser inferior a 5% e podem ser levados para fundição.” As usinas para separação e transformação do lixo depositado nos contêineres seriam instaladas no aterro Delta B. “Nossa intenção é que o vencedor da PPP tenha um prazo de cinco anos para implantar esse sistema.”
 

Fonte: Correio Popular




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