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16/01/2014

Unidade para fortalecer lutas dos trabalhadores em 2014

Esse foi o tom predominante na primeira reunião de dirigentes das centrais sindicais do ano. Com o objetivo de planejar as ações para 2014 e debater as pautas específicas e gerais de interesse dos trabalhadores e do País, o encontro ocorreu em 15 de janeiro, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Contou com a participação, além dessa entidade, de representantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT). O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) também esteve presente, representado pelo seu coor­denador de relações sindicais, José Silvestre Prado. Entre as definições, a realização de um ato público unitário na primeira quinzena de abril e o agendamento de uma audiên­cia com a presidente da República, Dilma Rousseff, ainda no mês de janeiro.

No ensejo, foi discutida a conjuntura sindical, socioeconômica e política atual e as perspectivas para 2014, diante do ano eleitoral, da Copa do Mundo no Brasil e de atividades para lembrar os 50 anos do golpe militar – uma delas está marcada para 1º de fevereiro, em São Bernardo do Campo, com participação de todas as centrais. No geral, em suas falas, dirigentes apontaram um cenário de oportunidades, mas também de preocupações em assegurar avanços e, por outro lado, barrar possíveis retrocessos que impactem a vida dos trabalhadores. Quanto ao mundial de futebol, Julio Turra, dirigente da CUT, ressaltou a importância da defesa dos direitos dos trabalhadores. Uma das preocupações nesse sentido é quanto à aprovação de contrato de curta duração, sem registro em carteira. As centrais já se posicionaram contrárias, junto ao governo, e a proposta é fortalecer essa luta, de modo a evitar que o Executivo apresente medida provisória relativa ao tema. Em 23 de janeiro, o assunto será pautado na Câmara Bipartite, formada pelo governo e as entidades sindicais.

Na agenda de iniciativas prioritárias, além da audiência com a presidente da República e do ato público, João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, defendeu a realização de uma nova conferência da classe trabalhadora, cuja organização será discutida. Com isso, a finalidade é influir nos programas de governo dos candidatos, mas também avançar nas bandeiras do movimento sindical, como redução da jornada de trabalho para 40h semanais sem diminuição dos salários, fim do fator previdenciário e contra o PL 4.330 relativo à terceirização. Em 2013, as entidades conseguiram impedir o avanço desse projeto de lei, o que contribuiria à precarização nas relações do trabalho. Mas o entendimento é de que é necessário derrubar definitivamente essa proposta.  Os demais itens da pauta dos trabalhadores permaneceram congelados. “A intenção é que continue a haver diálogo e negociação (com o governo)”, afirmou Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT. Preocupações apontadas no encontro, e que devem ser pautadas junto ao governo, são ainda a defesa da valorização do salário mínimo, dos aposentados e o combate à rotatividade no emprego.

No encontro, foram também formados grupos de trabalho para discussão sobre questões estratégicas, como o custeio das entidades e as reivindicações da classe trabalhadora, a serem apresentadas aos candidatos a Presidente nas eleições deste ano.

 

Protagonismo
Carlos Alberto Pereira, secretário-geral da CGTB, destacou: “Devemos pensar em um programa geral ao desenvolvimento econômico, que inclua a redução da taxa de juros (elevada no dia 15 para 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária – Copom), o combate à desindustrialização, reforma agrária.” As demandas incluem ainda, entre outros itens que devem constar do documento, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, 10% do Orçamento da União para a saúde, transporte público e de qualidade, democratização dos meios de comunicação e aprovação do marco civil da internet. Para Ricardo Patá, presidente da UGT, o protagonismo do movimento sindical deve ser demonstrado e garantido dessa forma. Adilson Araújo, presidente da CTB, concordou: “Precisamos ser ousados no sentido de nos antecipar aos fatos e propor algo concreto, disputar um projeto.” As centrais farão nova reunião no dia 27 de janeiro, às 14h, na sede da UGT.

 

 

 

Soraya Misleh
Imprensa - SEESP




 

 

 

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