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16/04/2010

Seminário abre campanhas salariais dos engenheiros

       Em 15 de abril, o SEESP realizou seu X Seminário de Abertura das Campanhas Salariais em seu auditório na Capital paulista. Em sua décima edição, o evento anual teve a participação de cerca de 150 profissionais, incluindo negociadores do sindicato. Com o objetivo de consolidar e fortalecer o caminho do diálogo entre capital-trabalho, a iniciativa contou ainda com a presença de 10 representantes de recursos humanos de empresas e um de entidade patronal com as quais o SEESP senta-se à mesa em busca de conquistas aos seus representados. Além desses, também prestigiaram a atividade os presidentes dos Senges do Alagoas, Acre, Piauí e Maranhão.
       Na ocasião, o presidente do sindicato paulista, Murilo Celso de Campos Pinheiro, apontou a importância do seminário, que “traduz o trabalho de negociação e aproximação” dessa entidade com seus interlocutores. Ele enfatizou ainda o papel cidadão do SEESP, que se revigora com seu engajamento no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – lançado pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) em 2006 e atualizado no ano passado, que propugna por uma plataforma nacional de desenvolvimento sustentável com inclusão social. Pauta essa que é de interesse tanto de empresas quanto de trabalhadores e que traz à tona a importância da valorização da engenharia.
        O cenário às negociações em 2010 é auspicioso, como apontaram Sérgio Mendonça, economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e consultor do “Cresce Brasil”, e Antonio Augusto de Queiroz, o Toninho, diretor de documentação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Ao destacar a expectativa alvissareira nas campanhas salariais que se iniciam – diante de perspectiva de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano de 5% a 7% e de projetos e planejamento –, este último frisou inclusive que as campanhas eleitorais não devem impactar tal conjuntura. E foi categórico: “Num âmbito de crescimento econômico, não tem sentido os trabalhadores da iniciativa privada não obterem pelo menos o mesmo índice de reajuste dado aos aposentados que ganham acima do salário mínimo, os quais tiveram aumento real.”
       Elogiando a iniciativa do SEESP, que busca aprofundar o diálogo entre as partes, Mendonça ratificou que o Brasil vive um ciclo virtuoso, com a possibilidade de chegar ao final de 2010 com 43 milhões de empregos formais – superando pela primeira vez o número dos que atuam sem carteira assinada. Situação propícia ao aumento da renda e salários. “Hoje, há espaço de convergência entre empresa e trabalhador, há possibilidade de jogo de ganha-ganha.”
       Marco Aurélio Cabral Pinto, professor da UFF (Universidade Federal Fluminense), executivo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e consultor do “Cresce Brasil”, apontou o papel e envolvimento nesse projeto do SEESP, o qual se pauta por uma visão estratégica de longo prazo, de interesse de todos. E, assim como Mendonça, também destacou a perspectiva de concertação entre capital e trabalho.

 

Qualificação
       O cenário positivo tem revelado um gargalo importante a sua sustentabilidade: a falta de engenheiros qualificados para desenvolver o País. Visando contribuir com resposta ao desafio de ampliar a formação desses profissionais, seja na graduação ou especialização, o sindicato implementará em 2011 a IES (Instituição de Ensino Superior). Coordenador desse projeto, Antonio Octaviano destacou sua importância e lembrou que a iniciativa está aberta a parcerias. Empresas presentes ao seminário explanaram sua preocupação com o tema e sua disposição de colaborar para fazer frente à questão.

 

 

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