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28/05/2015

Engenheiros da PMSP debatem tabela proposta pelo executivo

Com auditório lotado, engenheiros da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) realizaram uma Assembleia Geral Extraordinária para debater a contraproposta do Executivo Municipal. Trata-se de uma tabela com valores maiores que os anteriormente apresentados, porém, ainda na forma de subsídio, modalidade já rejeitada pela categoria quando o governo propôs a quase todas as categorias de servidores em 2014.


Foto: Deborah Moreira/Imprensa SEESP
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Delegados sindicais do SEESP na Prefeitura de S. Paulo explicam negociações durante assembleia


Os delegados sindicais presentes à mesa relataram as negociações com os representantes da administração pública municipal e explicaram a tabela com os novos valores propostos na mesa de negociação na sexta-feira (22/5), que equipara os salários iniciais aos 8,5 salários mínimos e meio reivindicados tanto por engenheiros, quanto por arquitetos – muitos presentes à assembleia, uma vez que a carreira proposta pelo executivo é única.

Os delegados explicaram, ainda, que qualquer deliberação da categoria sobre a tabela depende do envio do texto do projeto de lei da carreira própria proposto pelo governo Fernando Haddad. “A gente vai evitar deliberar hoje pela questão do subsídio porque nós não temos um projeto entregue pelo Executivo. Aí que está o impasse. Nós gostaríamos muito de ter um projeto agora para avaliar. E não vamos assinar nada em branco e nem vamos forçar que vocês votem equivocadamente, sem ter toda a proposta em mãos para analisar”, ressaltou Sérgio Souza, delegado sindical do SEESP na Prefeitura.

Ele deixou claro que as negociações ainda não terminaram “que ainda está se tentando negociar os valores”. “A gente entende que todos tem que ganhar. Haverá uma diferença de ganho por conta da atitude profissional de cada um. Cada holerite nessa categoria é diferente, então não tem como ser igual para todos. Mas não pode haver perdas”, completou.

Entre as questões colocadas pelos servidores na assembléia, destacam-se a migração por tempo de serviço e dos que preferirem não optar pela nova carreira; as garantias para aposentados e pensionistas; a evolução dos valores de referência; se haverá retroatividade dos efeitos do PL a janeiro de 2015; a aceitação ou não da modalidade subsídio, a qual o governo insiste em manter; a melhora nos valores para as atuais referências finais da tabela para minimizar as perdas inflacionários.

Ou seja, uma boa parte dos presentes na assembleia que questionaram a tabela proposta são os profissionais mais experientes que, de acordo com a proposta do Executivo, ganharão menos com a reestruturação da carreira, muitos nem alcançarão 5%. A maior parte dos reajustes substâncias está no início da carreira.

“Ficaram de nos enviar o projeto na segunda-feira. Depois, disseram que mandariam ontem (terça). Em suma, não nos remeteram. Então, vamos fazer um esclarecimento das duvidas durante a assembléia. Se tivéssemos o escopo do projeto de lei nos traríamos aqui e analisaríamos com vocês”, comentou o assessor do sindicato, Carlos Hanickel, que também lembrou da luta dos engenheiros e arquitetos há dois anos e meio pela reposição das perdas salariais por uma nova carreira e revisão da Lei Salarial do município. ”É preciso mostrar o quanto é importante esse trabalho que cada um aqui está fazendo”, completou.

Durante a assembléia também foi lembrado que o sindicato majoritário tentou chamar uma assembléia no mesmo dia e os delegados sindicais presentes deixaram claro que repudiam essa atitude. No início da semana, o SEESP divulgou nota em que alertou para o fato: “Cabe ressaltar que o representante legal dos engenheiros no estado de São Paulo é o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP). E mais, é o legítimo representante desses servidores nas negociações, lembrando que se dependesse do Sindsep, os engenheiros e arquitetos hoje estariam dentro da Lei 16.119/15, que até hoje suscita críticas de categorias não ouvidas e prejudicadas irreparavelmente por suas características de atuação. Portanto, companheiros, fiquem atentos a manobras de quem nunca os representou e agora age para destruir um conceito de coletivo que ainda vai nos proporcionar muitas conquistas. Lembrem-se, as perdas que sofremos foram resultado de atuações nefastas ou omissões ao longo do tempo.”

Foi lembrado ainda que é a primeira vez que o governo municipal senta para negociar somente com engenheiros e arquitetos um plano de carreira própria para essas categorias, que estão desde 2007 sem reposição das perdas inflacionárias, que somam cerca de 51%.

Deborah Moreira
Imprensa SEESP


(foto da capa: Sergio Souza)




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