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26/08/2015

Metalúrgicos da Mercedes em greve contra demissões

Os metalúrgicos da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo (ABC), decretaram greve contra demissões em massa. Cerca de sete mil trabalhadores aprovaram a paralisação, que começou na segunda-feira (24/8). Na sexta (21), a empresa iniciou as dispensas, mandando telegramas. Calcula-se que os cortes podem chegar a 1,5 mil metalúrgicos.

 

greve mercedes benz 2015



Desde o início da paralisação, assembleia na fábrica estão ocorrendo durante todos os dias, no período da manhã, conduzida pelo comitê sindical e o sindicato da categoria, quando são passadas informações sobre a greve ou eventual negociação.

Os trabalhadores de todos os turnos na Mercedes, em São Bernardo, participaram da assembleia ocorrida na manhã de terça (25) para encaminhar a luta contra as demissões. Hoje (26) a greve entra no terceiro dia, que começou com manifestação às 7h.

“Todos os trabalhadores estão na luta juntos para fortalecer o movimento e reverter as demissões. As orientações serão feitas dia a dia até que a empresa volte a negociar”, afirmou o diretor de Comunicação do Sindicato e CSE na Mercedes, Valter Sanches.

O dirigente destacou que toda solidariedade é de grande ajuda e leu a carta de apoio encaminhada pelo Comitê Mundial dos Trabalhadores na Daimler aos companheiros na fábrica do ABC.

“Até agora este apoio repercutiu em 39 meios de comunicação internacionais e é importante para a nossa luta”, contou o dirigente. A nota afirma que ´os erros de gestão não podem ser jogados nas costas dos trabalhadores´.

“Tem companheiros que ainda estão recebendo os telegramas sobre a rescisão no contrato e temos que estar juntos contra essa atrocidade que a empresa está fazendo”, prosseguiu.

O vice-presidente do Sindicato e CSE na Mercedes, Aroaldo Oliveira da Silva, destacou a importância do apoio recebido de diversas categorias, sindicatos e CSEs de empresas. “É o compromisso de cada um fazer a sua parte, dialogar com a sociedade e pressionar a direção a refletir sobre essa decisão. É fazer a luta até cancelar todas as demissões”, defendeu.

“Os trabalhadores já aprovaram as discussões sobre o Programa de Proteção ao Emprego, o PPE. Estamos dispostos a negociar e não vamos aceitar imposições nem demissões sob nenhuma hipótese”, concluiu Aroaldo.

Sérgio Nobre, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC diz que a empresa não informou o número exato de demitidos. A multinacional alega ter excedente de duas mil pessoas. “Muitos companheiros receberam telegramas no final da semana. E a empresa disse que haverá uma segunda leva”, explicou.

Resistência
O sentimento entre os funcionários é de resistência. “Será um processo forte de luta até que a empresa revogue a decisão e todos voltem a trabalhar”, avalia Sérgio Nobre, que também é secretário-geral da CUT.

A multinacional alemã se recusa a negociar conforme as regras do Programa de Proteção ao Emprego, recém-lançado pelo governo.

Fonte: Agência Sindical
Com informações do site do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC -   www.smabc.org.br




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