Pesquisa realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 2010, apontava que o crescimento em ritmo acelerado da economia brasileira poderia resultar numa generalizada escassez de mão de obra especializada, particularmente de engenheiros.
O estudo apresentava três situações: com crescimento modesto de 3% ao ano seriam necessários, neste ano, 60 mil novos engenheiros e arquitetos trabalhando na profissão; em 2015, mais 60 mil novos engenheiros e, em 2022, mais 200 mil novos profissionais da área. Um incremento, segundo o estudo, de aproximadamente 320 mil profissionais entre 2008 e 2022.
Com um crescimento econômico de 5% ao ano seriam necessários, entre 2009 e 2012, mais 85 mil engenheiros; entre 2013 e 2015, mais 90 mil; e entre 2016 e 2022, mais 320 mil profissionais. Com um total de engenheiros ocupados de 708 mil.
O estudo “Escassez de Engenheiros: realmente um risco?” mostra que dado o ritmo atual de expansão de graduações em Engenharias, se tem o seguinte cenário:
- Entre 2009 a 2012 – mais 220 mil
- Entre 2013 a 2015 – mais 195 mil
- Entre 2016- a 2022 – Mais 560 mil
À pergunta se haverá engenheiros suficientes, a pesquisa do Ipea responde que esta evolução na graduação em Engenharia será suficiente, em princípio, para suportar a demanda por engenheiros com as taxas de crescimento médias entre 3% e 5% ao ano nos próximos anos, não mais do que isso.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP