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18/05/2012

Abertura do seminário da CNTU sobre Rio+20 e Cúpula dos Povos

Logo na abertura do seminário da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), que discute a Rio+20 e a Cúpula dos Povos, nesta sexta-feira (18/05), no SEESP, na capital paulista, o diretor de Articulação Nacional da confederação, Allen Habert, lançou a pergunta para os presentes: como transformar o planeta num lugar melhor para se viver. “Essa é a questão central dos nossos debates de hoje.”

* Acompanhe aqui a transmissão online do seminário da CNTU
* Veja aqui as fotos do seminário

Habert destacou o que ele considera uma “grande sacada” do País ao propor, em 2007, a realização de conferência sobre o desenvolvimento sustentável. “O Brasil teve a iniciativa da Rio+20, que não estava prevista no calendário da ONU [Organização das Nações Unidas]. Vamos ter uma competição mundial da política.”

O diretor da CNTU observa que o grande objetivo dos dois eventos ambientais, que ocorrerão em junho, na cidade do Rio de Janeiro, é buscar um novo modelo de desenvolvimento sustentável. E provoca: “não existe país no mundo sustentável. Todo mundo tem ´lição de casa´ para fazer”. Contudo, Habert acredita no papel protagonista do Brasil na Rio+20, já que possui o melhor “cartão de visita” dos países participantes: 60% do seu território preservados. “Quem tem isso? O Japão? A Inglaterra? Os Estados Unidos? Não", critica.

O presidente da Fenam (Federação Nacional dos Médicos), Cid Jayme Carvalhaes, destacou que a CNTU é um grande “laboratório de ideias” que deve contribuir com o debate das questões mais importantes para a sociedade brasileira, como o intuito de melhorar as condições de vida e de remuneração dos trabalhadores brasileiros.

O presidente da FIO (Federação Interestadual dos Odontologistas), Wellington Moreira Mello, espera que alguns avanços que deixaram de acontecer na Eco92 sejam resgatados na Rio+20.  Para ele, a conferência alcançará sucesso se definir propostas duradouras para que se tenha uma política ambiental voltada para o ser humano, “reduzindo a desigualdade social e colocando o homem no centro desse desenvolvimento sustentável”, defende.

Célia Chaves, presidente da Fenafar (Federação Nacional dos Farmacêuticos), se disse orgulhosa de fazer parte da CNTU, porque a confederação tem pautado o seu trabalho para que os profissionais liberais universitários sejam referência nas grandes discussões importantes do País. “Defendemos o desenvolvimento que tenha na valorização do trabalho um dos seus pilares e que traga também justiça social.”

O presidente do Fenecon (Federação Nacional dos Economistas), Juarez Trevisan, diz que o Brasil só pode melhorar se investir pesadamente na requalificação profissional. Ernane Silveira Rosas, presidente do Sindicato das Nutricionistas do Estado de São Paulo, defende que a sociedade mude o comportamento de consumo, pensando nas consequências para o futuro do planeta.

O vereador Jamil Murad (PCdoB/SP) parabenizou o papel da CNTU de participar ativamente da Rio+20 e da Cúpula dos Povos com contribuições importantes para o debate ambiental do País e do mundo. Os eventos do Rio de Janeiro, para Murad, têm um significado especial porque a defesa do meio ambiente não pode ser um monopólio de um partido, de uma liderança ou de um estudioso, “a sociedade precisa pegar na mão essa questão”. E criticou qualquer atitude que signifique interferência na soberania dos países. “Não se pode impor que aqui se ande de bicicleta para que nos Estados Unidos cada membro de uma família tenha o seu carro. Defendo a soberania nacional com desenvolvimento sustentável”.

O deputado estadual Simão Pedro (PT/SP) também felicitou a CNTU pela iniciativa de discutir amplamente a participação na conferência da ONU e da Cúpula dos Povos. “Vejo que vocês estão sempre um passo à frente nas questões nacionais”, observou. O parlamentar levanta a importância de se discutir nos eventos do Rio a soberania alimentar e nutricional. “O que estamos comendo e como esse alimento é produzido?”, questionou, acrescentando o perigo da utilização do agrotóxico na produção dos alimentos no País.

Finalizando a abertura do seminário, o presidente da CNTU, Murilo Celso de Campos Pinheiro, destacou a missão da confederação de ter um papel atuante, presente e democrático em todas as questões importantes para a sociedade brasileira. “Vamos participar da Rio+20 e da Cúpula dos Povos de forma positiva com a apresentação de propostas e indicações.”

* Veja aqui a programação do seminário


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP


 

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