Em workshop intitulado “História da Fapesp”, realizado em sua sede, na Capital paulista, no dia 31 de maio, o diretor do SEESP Allen Habert destacou a importância da instituição na história contemporânea nacional e apontou a possibilidade de que dê um novo salto no Estado e País. “A ideia progressista e democrática de se criá-la é fruto do sonho de gerações que pensaram um novo país e dessa luta no pós-2ª Guerra Mundial”, ressaltou. O evento, que reuniu personalidades que compuseram a diretoria da fundação – entre elas, Hélio Guerra –, integrou as comemorações pelos 50 anos da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo) – completados em 23 de maio e que incluíram ainda um grande evento na Sala São Paulo, no dia 30.
Habert aproveitou o ensejo para traçar um breve histórico sobre a trajetória da ciência e tecnologia no País e a contribuição da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), do sindicato e de seus representados rumo a avanços. Na oportunidade, ele – que é ainda diretor de articulação nacional da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) – apontou ainda as demandas atuais. Afirmando a importância de o País investir em projetos, o que garante, na sua concepção, a soberania de uma nação, propugnou pela aplicação de recursos em pesquisa e desenvolvimento. Nesse sentido, levantou bandeira central na campanha Brasil Inteligente, lançada pela CNTU em 18 de maio, de se instituir um sistema nacional de qualificação profissional. “Queremos regulamentar o artigo 218 da Constituição Federal, que trata do apoio do Estado àqueles que investirem em seus recursos humanos, dotando cada profissional de dispor de 12 dias por ano do direito de reciclagem, durante a jornada de trabalho e sem ônus.” Habert lembrou que pode ajudar nessa batalha o fato de o Brasil ser signatário da Convenção 140, da OIT (Organização Internacional do Trabalho), desde 1993, a qual refere-se à licença remunerada para estudos. Para o diretor, a Fapesp é o coração do sistema pretendido. “É uma questão intitmamente ligada ao esforço científico, tecnológico e inovacional”, vaticinou. E concluiu: “Os engenheiros e técnicos têm por essa casa a admiração que todo o povo tem. Temos que ousar mais e trabalhar principalmente com vocês, desbravadores e criadores dessa fundação.”
Soraya Misleh
Imprensa - SEESP
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