Esse foi o compromisso assumido por Celso Russomanno (PRB) durante sua participação em 26 de julho no ciclo de debates “A engenharia e a cidade”, promovido pelo SEESP, em sua sede, na Capital. No ensejo, ele afirmou: “Não vamos parar obra nenhuma. Vamos buscar a excelência na prestação do serviço público, o mínimo que podemos fazer ao cidadão que paga seus impostos.”
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Para tanto, a ideia é contar com uma equipe de voluntários, incluindo o que Russomanno chamou de “inspetores de quarteirão”. “Serão indicados pelas entidades de bairro e vão falar diretamente com os subprefeitos.” A proposta é, com isso, assegurar por exemplo que uma vala que tenha sido aberta por uma determinada companhia seja devidamente tampada. O corpo de voluntários que ajudará a administração a cuidar da cidade deve incluir ainda membros junto à Defesa Civil e formar um corpo de bombeiros municipal. Sua expectativa é que participe pessoal técnico qualificado, inclusive engenheiros. “Com isso, vamos construir cidadania.”
Ao chamar a sociedade civil a participar de sua gestão, Russomanno expôs alguns de seus planos para o município. Entre eles, reduzir a desigualdade e, consequentemente, a violência. “No Brasil, 90% da população que está nos presídios tem menos de 26 anos de idade. Significa falta de oportunidades. Para resolver, vamos assegurar educação pública de qualidade que permita ao jovem competir no mercado com quem sai da escola particular em igualdade de condições.” Sob essa ótica, continuou: “Vamos acabar com a promoção automática e retomar o ensino tradicional, com aulas de manhã e reforço à tarde. Vamos dar internet gratuita a partir dos bairros mais afastados para o centro.” De acordo com o candidato, oferecer o serviço de banda larga custa R$ 1,00 por habitante, mas sua pretensão não é o poder público arcar com o investimento, mas assegurá-lo mediante, por exemplo, parceria com a iniciativa privada. Nesse processo, Russomanno ponderou que a segurança pública também será melhorada, com a recuperação da antiga Guarda Civil Metropolitana, a qual trabalhará, segundo sua proposta, conveniada às polícias civil e militar. “Até o final do governo, vamos ter 20 mil guardas. Vamos atuar na prevenção e no policiamento ostensivo. Vamos monitorar com câmeras as ruas da cidade, que hoje existem, mas só servem para multar as pessoas.” Pegando o gancho, o candidato prometeu recuperar a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), “competente, mas abandonada". Mobilidade também consta de suas preocupações, ao que pediu ajuda dos engenheiros “para construir uma cidade mais digna”, via investimento em todos os modais. E foi enfático: “Exemplo de dificuldade de acessibilidade é ter que subir em ônibus montado sobre chassi de caminhão. Isso vai acabar.”
Na saúde, o caminho, para ele, é garantir que os cidadãos cuidem-se antes de ficar doentes. “Um paciente que foi parar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) porque teve um AVC (acidente vascular cerebral) por desconhecer que era hipertenso custa R$ 120 mil. Com esse recurso, daria para pagar duas equipes multidisciplinares para cuidarem da prevenção de 2 mil pessoas.” Russomanno concluiu: “Quero construir uma cidade para todos, inclusive para a próxima geração, planejando o futuro de São Paulo.”
Soraya Misleh
Imprensa - SEESP