Salvar vidas e evitar o caos socioeconômicoÉ preciso aliar essas duas metas essenciais em vez de afirmar a contradição entre elas Viver uma pandemia mundial de um vírus desconhecido é experiência que ninguém gostaria de ter. No entanto, cá estamos nós, às voltas com esse imenso desafio. Além de ameaça à saúde e à vida de milhares de pessoas em todo o mundo, essa situação provoca inevitável paralisação das atividades econômicas, o que obviamente tem consequências. No caso brasileiro, o cenário é ainda mais preocupante, tendo em vista diversos indicadores socioeconômicos lamentáveis. Já há alto desemprego, que atinge 11,6 milhões de trabalhadores; estão na extrema pobreza (quando se vive com até R$ 145,00 por mês) 13,5 milhões de pessoas; 11,5 milhões vivem em moradias superlotadas, sem falar na população de rua; e há déficit de saneamento ambiental – 35 milhões não têm acesso a água tratada e 48% não são servidos com coleta de esgoto. Ou seja, é um quadro para lá de complexo, que não será resolvido com soluções simples e, muito menos, fazendo de conta que ele não é real. Felizmente, apesar das incertezas, já se cria entre os especialistas, que se baseiam nos dados disponíveis…