No velho estilo do banquinho e violão, o artista trouxe no repertório clássicos de sua carreira e da música popular brasileira em geral. E contou muitas histórias.
No encerramento da quinta edição do EcoSP (Encontro Ambiental de São Paulo), no dia 5 último, momento de poesia, música e descontração trazido pelo artista João Bosco. No velho estilo do banquinho e violão, ele trouxe no repertório clássicos de sua carreira e da música popular brasileira em geral. E contou muitas histórias de – e para – engenheiro.
Antes de se tornar um ícone da MPB, o cantor era um jovem estudante da profissão na Universidade de Ouro Preto. Formou-se, mas o diploma foi substituído pela voz e melodia. Fazendo questão de frisar estar bastante à vontade entre seus colegas, para ele, muito do legado trazido da faculdade está na música.
Entre as narrativas que intercalou com o repertório escolhido – e que serviram de recurso para montá-lo –, a de que tinha um sonho recorrente, de que todos os seus colegas se formavam e ele continuava ali. Considerando-se que a engenharia é a arte de se criar e promover transformações em prol da sociedade, pode-se dizer que não tem qualquer fundamento na realidade. João Bosco, com seu talento, consegue realizar esses feitos.
foto: Beatriz Arruda
www.fne.org.br
Fechando as plenárias no V EcoSP, o tema foi abordado pelo professor José Bezerra Pessoa Filho, do IAE/CTA. O especialista traçou histórico das pesquisas e descobertas espaciais e sua importância para a humanidade.
Fechando as plenárias no V EcoSP, no final da tarde do dia 5 último, o tema foi abordado pelo professor José Bezerra Pessoa Filho, do IAE/CTA (Instituto de Aeronáutica e Espaço/Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial). O especialista, em sua preleção, traçou histórico das pesquisas e descobertas espaciais e sua importância para a humanidade. Segundo ele, a preocupação com o assunto está presente entre cientistas há muitos séculos. “Kepler, em carta a Galileu Galilei de 19 de abril de 1610, destacou que enquanto não fossem criados os meios para a viagem ao espaço, eles deveriam criar mapas celestes.”
Num salto no tempo, Bezerra enfatizou a contribuição dada a partir da Segunda Guerra Mundial. Depois, na corrida espacial entre Estados Unidos e a antiga União Soviética, esta última lançou em 4 de outubro de 1957 o satélite Sputnik I. Em reação, seu rival lançou o desafio da chegada do homem à Lua, o que ocorreu no Natal de 1968, com a nave Apollo 8. Naquele primeiro momento, os astronautas orbitaram o satélite, mas o pouso só ocorreria em julho de 1969. Conforme o palestrante, um dos participantes da missão teria afirmado: viemos explorar a Lua e acabamos descobrindo a Terra.
Como resultado dessa disputa entre as duas grandes potências por hegemonia global, de acordo com o palestrante, muitas transformações ocorreram nos anos 60. Cresceu também a preocupação com o meio ambiente. “Desde o Sputnik, cerca de 5 mil satélites foram colocados no espaço.” Desses, conforme sua explanação, aproximadamente mil, muitos de telecomunicações, ainda encontram-se ali, sendo 50% dos EUA e boa parte do restante da Rússia, China e Índia.
Além de contribuições à meteorologia, a avaliações como sobre o desmatamento na floresta amazônica e outros impactos ao meio ambiente, para Bezerra o principal legado da era espacial é a possibilidade de se ter uma visão global da Terra. E assim perceber a necessidade premente de preservação e de mudança nos estilos de vida, produção e consumo.
foto: Beatriz Arruda
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