Técnicos devem ser ouvidos sobre destino da SPTrans
É inaceitável que a Prefeitura simplesmente anuncie a extinção de uma empresa essencial não só à fiscalização, mas ao planejamento e ao avanço tecnológico que se busca no transporte por ônibus em São Paulo. Especialistas do setor, a exemplo do Conselho Assessor do SEESP voltado ao tema, assim como representantes dos trabalhadores, precisam participar dessa discussão.
Conforme notícias veiculadas pela mídia nas últimas semanas, a Prefeitura Municipal de São Paulo pretende extinguir a SPTrans e transferir sua atribuição à SPRegula, agência que atualmente fiscaliza concessões à iniciativa privada de cemitérios e parques públicos. É inaceitável que a medida simplesmente seja tomada dessa forma por vários motivos.
Em primeiro lugar, a missão da SPTrans, criada após o fim da Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), vai muito além da fiscalização de contratos, embora essa seja tarefa fundamental. Fazem parte do escopo de atribuições que não podem ser menosprezadas contribuições ao planejamento da mobilidade na cidade de São Paulo e o esforço para buscar avanços tecnológicos, como a eletrificação da frota.
Há ainda a gestão de serviços importantes à população, como o Bilhete Único, autorizações e concessões especiais. Um exemplo fundamental nessa linha é o Atende+, modalidade de transporte porta a porta e gratuito para pessoas com deficiência física severa, surdocegueira e autismo. O serviço é fruto de trabalho qualificado e dedicado a fazer valer o direito de ir e vir de todos os cidadãos. A iniciativa foi desenvolvida por profissionais de excelência, muitos dos quais compõem o corpo técnico da SPTrans, não podendo ser substituídos simplesmente por fiscais.
Além do risco de esvaziamento na engenharia da empresa, o plano de extinção conforme anunciado traz a ameaça de problemas na gestão pública como os que vêm sendo denunciados no serviço funerário a partir da privatização. A julgar pelas muitas reclamações das pessoas que têm enfrentado dificuldades para sepultar seus entes queridos, agravando o pesar num momento já de profunda tristeza, a agência encarregada da fiscalização não vem dando conta da incumbência que recebeu. Surpreendente, portanto, que se queira a passar a esse órgão a responsabilidade de garantir a qualidade e a segurança no transporte de cerca de 6,5 milhões de passageiros diariamente.
Se há falhas na SPTrans – e certamente sempre é possível aprimorar a instituições –, é preciso trabalhar para corrigir os erros, aumentar a produtividade e a eficiência, com inovação. Muito têm a contribuir os técnicos do setor e as entidades representativas dos trabalhadores, que conhecem a realidade da execução das tarefas e seus desafios e podem colaborar no alcance de melhorias.
O SEESP, especialmente seu Conselho Assessor de Transporte e Mobilidade, está à disposição para contribuir com avanços na SPTrans e no transporte público em São Paulo, serviço fundamental à qualidade de vida e ao desenvolvimento da cidade.
Eng. Murilo Pinheiro – Presidente
A SPTrans está presente em todo lugar, além de gerenciar o transporte eles ajudam no trânsito junto a Polícia militar e CET.
Qual é o motivo então do nosso prefeito? Algum enternece particular?
Será que vai ser melhor?
Alguém vai ter algum benefício?
TRANSPORTE ESCOLAR, FRETAMENTO, TAXIS, CARGA FRETE, MOTO FRETE, VEICULOS DE APLICATIVOS E VEICULOS CLANDESTINOS.
Será que esqueceram destes veículos que circulam diariamente na capital.
Só a frota de táxi é por volta de 34 mil veículos.
Aí vc tem os veículos escolares transportando crianças diariamente.
Tem o serviço TEG transporte escolar gratuito.
É muito além de transporte de ônibus.
Caberia uma reestruturação da empresa pois tem técnicos capacitados para tal.
Empresa que recentemente inovou com o sistema Aquático de transporte.
Parabéns a todos os empregados que se dedicam para fiscalizar e dar segurança à população no transporte público.