logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

×

Atenção

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 69

15/03/2016

C&T - Tecidos com nanotecnologia

Exposição à radiação ultravioleta e suor excessivo são alguns dos inconvenientes que as pessoas que estão sob o calor dos trópicos vivenciam em seu dia a dia. Uma única tecnologia, de caráter inovador, pode minimizar os dois problemas. Ela está em curso no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que trabalha em um nanoencapsulado para tecidos que busca ampliar o fator de proteção solar das roupas e liberar uma fragrância que neutraliza o odor.

O pesquisador do Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas Adriano Marim, um dos coordenadores do projeto, explica que embora acreditemos que as roupas funcionem como um bloqueador, os tecidos convencionais permitem que a radiação ultravioleta atinja a pele. “A média de proteção em tecidos leves apresenta um Fator de Proteção Ultravioleta (FPU) em torno de 5. A ideia é que cheguemos a um tecido que absorva ou reflita a luz com um FPU entre 15 e 20, que absorverá entre 93% e 95% da radiação ultravioleta”, informa. Utilizado para tecidos, o FPU mede o percentual de raios bloqueados pela roupa. 

Hoje a tecnologia existente está empregada em tecidos de alto desempenho, destinados a atletas. “No projeto do IPT, o foco é trabalhar tecidos mais baratos, que possam chegar a trabalhadores que exerçam atividades a céu aberto. A ideia é buscar uma tecnologia mais econômica e, portanto, mais acessível à população”, explica Marim. 

O caráter inédito do projeto está na combinação em um único produto da fotoproteção e da liberação de fragrâncias, além de ambos serem sintetizados em uma nanoestrutura, o que deve potencializar os efeitos positivos e exigir uma quantidade menor de material na comparação com a tecnologia clássica, que se vale de estruturas não encapsuladas.

O produto final, portanto, será um nanoencapsulado capaz de funcionalizar tecidos oferecendo as duas aplicabilidades, assim como o protocolo de impregnação na trama. Além da indústria têxtil, que pode adquirir diretamente a tecnologia, as empresas de produtos de higiene pessoal também são um importante filão de mercado. “A nanoestrutura pode ser aplicada diretamente no tecido, mas também em sabão em pó ou amaciantes, de maneira que as propriedades sejam renovadas a cada lavada”, acrescenta Marim. 

O trabalho, que teve início em novembro de 2013 e será finalizado em 2017, possui duas etapas. A primeira delas, sob responsabilidade do laboratório, já foi concluída. Ela diz respeito à construção do nanoencapsulado com agentes de fotoproteção e antiodor, composto de quatro tipos de filtros químicos sintéticos, além de um filtro físico.


 

Fonte: IPT






Lido 2618 vezes
Gostou deste conteúdo? Compartilhe e comente:
Adicionar comentário

Receba o SEESP Notícias *

agenda