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02/05/2016

A engenharia na Marinha do Brasil

Até o dia 18 de maio, estão abertas inscrições para participar do concurso público para ingresso no Corpo de Engenheiros da Marinha (CEM). São 61 vagas para diversas áreas da engenharia (cartográfica, civil, de materiais, de produção, telecomunicações, elétrica, naval, química etc.) e três para arquitetura e urbanismo. O candidato deve ter menos de 36 anos de idade no primeiro dia do mês de janeiro de 2017. Nesta entrevista, o almirante Aguiar Freire fala sobre o trabalho do profissional na Marinha do Brasil.

Jornal do Engenheiro – Como o profissional de engenharia pode entrar na Marinha e quantos já estão atuando?
Almirante Aguiar Freire – A captação é feita nas seguintes modalidades: concursos públicos para ingresso no Corpo de Engenheiros da Marinha e de admissão para o CEM de oficiais formados na Escola Naval. Os engenheiros aprovados no concurso público realizam um curso de nove meses no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk , na Ilha das Enxadas, na cidade do Rio de Janeiro. Como Guarda-Marinha (GM), o futuro oficial recebe a formação militar-naval e profissional, bem como participa de uma parte prática (estágio de aplicação) realizada a bordo de navios, bases e outras organizações militares. Após a aprovação nessa etapa, os GMs serão nomeados oficiais, no posto de primeiro-tenente, sendo indicados para o exercício de funções em organizações militares industriais, de ciência e tecnologia e de controle e supervisão técnica. Já o oficial formado na Escola Naval, que é aprovado no concurso de admissão, realiza um curso de engenharia em universidades ou instituições de ensino. Após a graduação, ele é transferido para o CEM, em que seguirá a mesma carreira que o pessoal oriundo do concurso público. Graças à formação acadêmica e ao desempenho nas suas atividades, esses profissionais poderão alcançar até o posto de vice-almirante, o mais alto do CEM. Atualmente, o corpo conta com um efetivo da ordem de 800 oficiais de carreira.

Jornal do Engenheiro – Como a engenharia ajuda a Marinha?
Almirante Aguiar Freire – Essa força de trabalho encontra-se distribuí­da por organizações militares de todos os setores da Marinha, em especial na área de material, que concentra 68% desse contingente, atuando em atividades de apoio técnico e gerencial, projeto, manutenção e reparo, pesquisa e desenvolvimento de ciência e tecnologia. Trabalham ainda em atividades que impõem, usualmente, a busca de soluções exequíveis e aceitáveis para os diversos problemas da nossa Marinha que requeiram o concurso de inúmeras áreas de conhecimento de engenharia e arquitetura.

Confira o edital da Marinha em https://goo.gl/mhXakR

 


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP
Matéria publicada, originalmente, na seção Engenheiro XXI do Jornal do Engenheiro, nº 491, maio de 2016.







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