Pesquisadores e empresários rio-pretense se unem em um ambiente conectado com o empreendedorismo: o Parque Tecnológico de São José do Rio Preto. Com previsão de inauguração para julho deste ano, a ideia é que o parque impulsione o crescimento dos negócios entre as empresas e os pesquisadores da cidade e da região. Aproximadamente 90 empresas já confirmaram participação, sendo 20 delas na Incubadora. “Eu acredito que a interação entre pesquisadores e empresários aumente significativamente nos próximos anos. A participação dos pesquisadores se dará em parceiras, com foco no desenvolvimento de projetos e/ou em consultorias específicas”, afirma o professor Johnny Rizzieri Olivieri, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e atual diretor Científico e de Operações do parque tecnológico.
De acordo com Olivieri, a interação entre o meio acadêmico e empresarial se dará principalmente por meio do desenvolvimento de projetos. Pode ser projetos específicos de interesse de um empresário, ou, na parceria entre eles. A proposta é transformar em produto o resultado de uma pesquisa realizada nos laboratórios acadêmicos.
Os temas trabalhados no equipamento são coerentes com as competências já instaladas no município, como Biotecnologia, Tecnologia Biomédica, Química Fina, Tecnologia da Informação e Comunicações, Design. Porém, segundo o diretor científico, o local poderá abrigar estudos e projetos desenvolvidos em outras áreas.
Foco na inovação
A Unesp também terá seu espaço no parque. A proposta é transformar as pesquisas científicas, desenvolvida pela universidade, em produtos e serviços. Existem propostas apresentadas pelos pesquisadores, para a criação de laboratório de nanotecnologia; laboratório de análises; e laboratório de matemática aplicada à indústria.
“A Unesp, sendo a principal Universidade da região, terá um papel fundamental nesse processo. Ela será, na verdade ela já é, a principal geradora de novos processos, projetos de pesquisas e formação de recursos humanos. Sem a Unesp dificilmente o Parque irá atingir seus objetivos”, ressalta o professor.
Atualmente, diversos projetos estão sendo executados em indústrias da cidade em parceria com pesquisadores da instituição. Isto ocorre porque um empresário procura um pesquisador da universidade para resolver algum problema tecnológico de sua empresa, e, a partir daí, começa uma parceria maior. “É nesse momento que, além do pesquisador, os alunos também são envolvidos nos projetos, e muitas vezes são absorvidos pela empresas para dar continuidade às pesquisas e desenvolvimentos de produtos”, ressalta.
Outra maneira da participação do aluno é quando ele recebe apoio na criação de pequenas empresas, para transformar uma idéia nascida no seu trabalho de mestrado ou doutorado, em um produto para a sociedade. “Nesse caso, essas pequenas empresas irão para a Incubadora dentro do Parque”, explica.
Recentemente, foram apresentadas quatro propostas de ex-alunos, todas em andamento, junto ao Centro Incubador de Empresas de Rio Preto. A sugestão é que elas comecem suas atividades dentro do Parque.
O Parque
O Parque Tecnológico de São José do Rio Preto compreende uma área de aproximadamente 110 ha (1.100.000 m2), com áreas destinadas à sede, à incubadora de empresas, ao Centro Empresarial e ao loteamento (por volta de 300 lotes iniciais).
A Prefeitura da cidade disponibilizou o terreno e foi a responsável pela infraestrutura como (água, luz esgoto, rede de lógica, arruamento e pavimentação do loteamento). O Parque teve investimento do Governo do Estado de São Paulo, de aproximadamente R$ 7,2 milhões, e da Prefeitura da cidade, no valor aproximado de R$ 14 milhões, além do terreno doado. O parque fica na Avenida Abelardo Menezes, 1001, 607, São José do Rio Preto (SP).
Fonte: Unesp Agência de Notícias