A ameaça a direitos trabalhistas fez com centrais sindicais se unificassem novamente. Nesta nesta terça-feira (26/07), lideranças sindicais de todo o País estarão reunidas, em São Paulo, para debater uma pauta trabalhista comum no que está sendo definido de Assembleia Nacional dos Trabalhadores em Defesa do Emprego e Direitos.
A previsão é que o ato reunirá cerca de 600 dirigentes sindicais de entidades nacionais e estaduais no Espaço Hakka, no bairro da Liberdade, Centro da Capital, para lançar um documento comum com propostas para a redução das taxas de juros e combate ao desemprego, nos moldes do manifesto “Compromisso pelo Desenvolvimento” divulgado em 2015.
O local escolhido para o lançamento é o mesmo usado, em dezembro de 2015, por organizações sindicais e patronais para lançar o documento "Compromisso pelo Desenvolvimento", com eixos básicos à retomada do crescimento.
Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Centrais sindicais unidas no lançamento do documento "Compromisso pelo Desenvolvimento",
em dezembro de 2015
Manifesto
O documento atual, segundo informações da Agência Sindical, elencará as principais bandeiras do movimento sindical, como defesa do emprego, uma contrarreforma para a Previdência, contraproposta à prevalência do negociado sobre o legislado e oposição ao projeto de terceirização ilimitada. "O objetivo é construir um consenso contra a agenda regressiva, contrapondo-se à reforma previdenciária, à prevalência do negociado ante o legislado e à terceirização desregrada", afirma Nivaldo Santana, vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Crítica
Além do ato contra os juros, na semana passada as seis centrais reconhecidas lançaram nota conjunta criticando declarações do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, sobre a reforma trabalhista. “Centrais sindicais afirmam que são contrárias a qualquer proposta de reforma que implique na retirada ou diminuição de direitos dos trabalhadores”, diz o texto.
Edição Rosângela Ribeiro Gil
Com informações da Agência Sindical