A Grécia vai dizer aos seus credores que não pode cumprir as reformas trabalhistas exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como uma condição ao seu apoio ao terceiro resgate do país, disse à Reuters o ministro do Trabalho, George Katrougalos, em uma entrevista na quarta-feira (14/09).
O governo da Grécia considera a demanda do FMI como uma proibição ao direito dos trabalhadores para negociarem salários e condições em uma base coletiva. O desacordo com o FMI sobre a questão poderia comprometer o seu financiamento do resgate de € 86 bilhões e poderia minar a confiança global no acordo.
Katrougalos, falando algumas horas antes de se reunir com os chefes de uma missão da União Europeia (UE) e do FMI sobre o progresso de resgate da Grécia, disse que Atenas vai lutar para preservar a negociação coletiva e descreveu o FMI como "um jogador extremo".
"Nós queremos restabelecer a negociação coletiva porque ela é o cerne do modelo social europeu", disse Katrougalos. Sob resgates anteriores, a negociação coletiva foi enfraquecida.
Tanto a UE como o FMI dizem que uma força de trabalho inflexível tem colaborado para tornar a Grécia não competitiva, contribuindo para o seu mal-estar econômico, e fontes próximas aos credores dizem que o FMI é especialmente contra a qualquer tentativa do governo grego restaurar o antigo sistema de negociação coletiva.
Comunicação SEESP
Do site do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) com informações do G1