As reformas neoliberais do governo Temer começam a ser enfrentadas também pelas categorias profissionais. A primeira grande manifestação de uma categoria será feita pelos metalúrgicos, em protesto nacional marcado para esta quinta-feira (29/09). O protesto foi decidido por entidades metalúrgicas de todo o País, reunidas em São Paulo no dia 8 último.
A Agência Sindical entrevistou Paschoal Carneiro, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Salvador e diretor de Previdência, Aposentados e Pensionistas na CTB, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. “Politicamente essa paralisação é muito importante, porque representamos um setor de ponta na indústria. Toda vez que se fala em precarização e flexibilização dos direitos trabalhistas, somos os primeiros a sofrer seus impactos. Estou certo de que a iniciativa vai estimular demais categorias a fazer o mesmo”, ressalta Carneiro.
Nesta terça-feira (27), os Metalúrgicos de São Paulo se reúnem para definir o formato do protesto, que ocorrerá em vários pontos da base. Na Zona Leste, deve haver concentração na Ilha do Sapo.
O presidente do Sindicato da Grande Curitiba, Sérgio Butka, denuncia que o governo nada faz para conter o desemprego. “É importante um movimento nacional dos trabalhadores, pra que possamos pressionar o Congresso e mostrar que é possível criar medidas para que a economia volte a crescer e isso não precisa ser feito com base na destruição da legislação trabalhista ou da flexibilização de nossos direitos”, diz.
“Iniciamos esse movimento com os metalúrgicos, mas queremos ampliar para todos os segmentos da sociedade. Nosso objetivo é evitar o desmonte da estrutura pública e defender os direitos dos trabalhadores”, comenta o presidente do Sindicato da categoria em Gravataí (RS), Valcir Ascari.
Reivindicações
Na pauta do protesto constam: a luta em defesa de direitos e conquistas trabalhistas; contra a reforma da Previdência; contra o desemprego e a terceirização; contra o desmonte da Justiça do Trabalho; pela redução dos juros e por saúde, educação, moradia; e transporte dignos.
Comunicação SEESP
Informação da Agência Sindical