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28/09/2016

Patentes da Engenharia Química da UFSCar são concedidas pelo INPI

Mais duas patentes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ambas do Departamento de Engenharia Química, depositadas pela Agência de Inovação, foram concedidas recentemente pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A primeira invenção se refere ao “Processo de preparação e catalisador zeolítico para reações de condensação”, um catalisador que tem propriedade altamente básica, sólida, insolúvel e com aplicação em diversas reações químicas de interesse industrial. O invento foi desenvolvido pelos pesquisadores Dilson Cardoso e Leandro Martins e tem titularidade da UFSCar e da Fapesp.

Atualmente, em vários processos de interesse industrial, o catalisador se encontra na forma homogênea, ou seja, os reagentes e o próprio catalisador formam uma solução, o que faz com que seja utilizado um processo relativamente complexo para recuperá-lo, encarecendo o produto final. O invento da universidade inova nesse aspecto: o novo catalisador, além de ter propriedades básicas mais fortes que os demais, é um sólido formado por peneiras moleculares, com alta atividade catalítica e insolúvel nos reagentes. Essas características fazem com que uma simples filtração seja suficiente para separá-lo, diminuindo o custo do processo.

Este material tem perspectivas de aplicação em diversos tipos de reações, principalmente naquelas realizadas pela indústria de química fina para a produção de perfume, fármacos, aromas, pesticidas, entre outros. A patente teve seu pedido depositado em dezembro de 2005 e sua concessão foi publicada na RPI 2352 do dia 2 de fevereiro de 2016.

Já a segunda patente se refere a um equipamento versátil, robusto e com perfil comercial, denominado “Sistema reacional pneumático e uso do mesmo”, de autoria dos pesquisadores Alberto Colli Badino Junior, Carlos Osamu Hokka e Marcel Otávio Cerri. Trata-se de uma invenção composta por biorreatores com dispositivos que promovem de forma eficiente as transferências de calor e de massa, cujo sistema é utilizado principalmente em processos biológicos, envolvendo enzimas, células e microrganismos ou como reator químico, tanto para atividade de ensino como de pesquisa por indústrias de bioprocessos, institutos de pesquisa e universidades.

O invento inova por ser mais versátil. Isso porque o sistema desenvolvido permite o uso de três escalas, com 2, 5 ou 10 litros de capacidade útil, e de três modelos de biorreatores: coluna de bolhas ou torre, airlift de cilindros concêntricos e airlift tipo “Split”. Assim, a versatilidade consiste no grande diferencial de comportar em uma só estrutura três modelos e três escalas, o que soma nove tipos de biorreatores, além da grande praticidade de transformar um modelo em outro com simples troca de acessórios, o que é vantajoso para o mercado. Ressalta-se também o fato do equipamento ser robusto, de simples operação e de baixo custo.

Por possuir um preço inferior ao mercado e, por conta de sua aplicação industrial rápida e simples, antes mesmo de ser concedida, a patente já havia sido licenciada para produção – em março de 2010 – pela empresa Tecnal Equipamentos Científicos, que atua no desenvolvimento de equipamentos de alta tecnologia e representação de companhias internacionais desde 1976, contribuindo para o trabalho de laboratórios, usinas, indústrias, instituições de ensino e empresas de diversos segmentos. A patente depositada em abril de 2007, teve sua concessão publicada na RPI 2363 de 19 de abril de 2016.


 

 

Comunicação SEESP
Informação da UFSCar

 

 

 

 

 

 

 

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