Em entrevista à Agência Sindical, no dia 14 último, o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Natal Leo, se queixa da pretendida reforma previdenciária colocada nos últimos meses:.“O governo não formaliza uma proposta de Reforma da Previdência. Não define o que pretende. Fica apenas plantando balões de ensaio na imprensa, para medir as reações. Também não se reúne para ouvir Sindicatos de Aposentados, a Cobap e outras entidades da categoria."
Ele diz que não é contra a reforma, mas que "há excessos em certas carreiras, há margens a serem corrigidas. Mas o governo precisa ser claro. Do jeito que age, só desinforma e gera insegurança”. Essa insegurança, aponta o dirigente, empurra pessoas para a fila da aposentadoria, sem o devido planejamento e com riscos de perdas no futuro provento a ser recebido.
Propostas
O sindicalista também ressalta que o conjunto de propostas das centrais sindicais referente à reforma da Previdência não recebeu resposta do governo. “O INSS tem cerca de 3,5 mil imóveis inativos. Eles não geram um centavo de receita, só despesas. O certo seria o governo se desfazer desses ativos, porque deixaria de gastar, de um lado, e teria um aporte de recursos do outro”, relata.
Nesse conjunto de propostas, as Centrais apresentaram medidas relativas à gestão, mas também meios de arrecadar mais recursos para o sistema previdenciário.
Graves
Entre as propostas plantadas pelo governo, Natal Leo considera mais drásticas a que amplia o limite de idade; a que muda o critério de cálculo e empurra para baixo o valor da aposentadoria; e, por fim, o aumento em 27,2% na contribuição do Servidor. “Se subir de 11 para 14%, significará aumento de 27,2% no índice recolhido pelo Servidor. É uma paulada na renda do funcionário público”, comenta.
Não é verídica a versão de que o brasileiro se aposenta muito cedo (embora comece a trabalhar cedo, geralmente). Segundo o presidente do Sindicato dos Aposentados da UGT, “80% dos aposentados têm mais de 60 anos e, acima dos 55 anos, esse índice é de 92%”.
Comunicação SEESP
Informação da Agência Sindical