O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia nesta quarta-feira (11/01) a taxa básica de juros (Selic) que vai vigorar nos próximos 45 dias. Atualmente, os juros básicos da economia estão em 13,75% ao ano.
Nas duas últimas reuniões, o Comitê cortou os juros em 0,25 ponto percentual, em cada oportunidade. As decisões frustraram o sindicalismo e dirigentes do setor produtivo, que cobram a redução dos juros de forma mais acentuada, e não da forma gradual adotada até aqui pelo Copom.
Segundo o presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Pedro Afonso Gomes, a tendência conservadora do Banco Central precisa ser revertida. A expectativa dele é que a redução da Selic nesta reunião pode ficar em 0,75 ponto, mas observa que isso ainda não é o nível apropriado. "O melhor seria uma forte redução para que fechássemos o primeiro semestre entre 10 e 11%. Uma redução entre 2,5 e 3 pontos aliviaria um pouco a pressão", avalia.
Gomes lembra que a redução da Selic não significa queda imediata dos juros de mercado. "Para que isso aconteça seria preciso que o governo utilizasse os bancos públicos, como foi feito em 2013. Assim, as taxas de juros reais, praticadas pelo mercado, cairiam de verdade", explica.
Manifestação
As centrais sindicais programaram, para a manhã desta quarta (11/01), em São Paulo, mais um protesto contra os juros altos. O ato, em frente ao Banco Central (avenida Paulista, 1.804), estava marcado para começar às 10h30.
Edição Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Informação do boletim Reportéri Sindical, da Agência Sindical