A sociedade terá participação garantida na elaboração do plano de gestão integrada de resíduos da Baixada Santista, por meio de oficinas e audiências públicas. A primeira das quatro etapas dos trabalhos – Mobilização e Divulgação Social – tem início previsto para março, com a realização de um encontro regional aberto ao público. Em janeiro, técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) e da Câmara Temática do Meio Ambiente e Saneamento do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb) concluem o cronograma das ações.
As informações são de Cláudia Echevenguá, pesquisadora do Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas do IPT e coordenadora do plano. Cláudia participou da reunião do Condesb, nesta terça-feira, 20 de dezembro, para dar esclarecimentos sobre essa fase de Mobilização Social e Divulgação. “O objetivo é garantir a participação de todos os envolvidos, desde aqueles que geram resíduos domiciliares, de construção civil, pó de varrição etc., até empresas e entidades que trabalham, por exemplo, com coleta, transporte, reciclagem e processamento de materiais. Este envolvimento é fundamental para dar transparência ao processo”, afirmou. Todas as ações, relatórios e cronogramas do trabalho ficarão disponíveis nos sites do IPT e da Agem, que terá, inclusive, seção na qual o cidadão e/ou representantes de entidades poderão registrar suas sugestões.
A pesquisadora do IPT explicou que o trabalho terá base no 'tripé da sustentabilidade', considerando os aspectos econômico, social e ambiental. “São vários segmentos e interesses envolvidos e a gente precisa primar pela isenção tecnológica. Vamos analisar todos os processos e possibilidades para apontar soluções adequadas e integradas. A proposta é um plano regional, por isso, serão necessários os arranjos municipais, para buscar alternativas consorciadas, de apoio mútuo.”
Claudia ressaltou que é importante que os novos prefeitos disponibilizem rapidamente os dados necessários para que o IPT possa realizar um levantamento mais completo sobre a região. “Precisa ter uma base de informações e diagnósticos para poder trabalhar. Os responsáveis legais pelos resíduos são os prefeitos. Precisamos ter a transição e conversar com as novas gestões. Sem essas informações disponíveis para poder avaliar os cenários e as possibilidades, fica muito difícil”, esclareceu.
Comunicação SEESP
Reprodução de notícia do IPT