O Helper App, aplicativo que disponibiliza serviços de profissionais da área da construção civil, entre eles engenheiros, começará a funcionar também em São Paulo, a partir do dia 1º de fevereiro. Lançada em Curitiba no segundo semestre de 2016, a plataforma chama a atenção pela praticidade em disponibilizar serviços de engenheiros civis, arquitetos, designers, paisagistas e decoradores.
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O Uber da construção civil, como vem sendo chamado, possibilita localizar e contratar uma consultoria especializada em um clique, garantindo agilidade para as duas partes envolvidas. “O cliente tem suas necessidades atendidas e o profissional sai de casa com a garantia que receberá pelo trabalho”, conta Bruno Macarini, CEO do Helper, idealizador da iniciativa, que surgiu após uma demanda levada por um arquiteto e um designer.
Macarini explica que o principal objetivo da iniciativa é gerar consultoria técnica especializada qualificada. É muito comum que serviços sejam feitos pela própria pessoa ou por conhecidos, sem a contratação de profissionais indicados. Muitas obras e reformas em edificações ocorrem sem projeto e colocam em risco a segurança do local.
Ricardo Korobinski, da DevMaker, que desenvolveu a ferramenta, lembra que o Helper vem para garantir remuneração ao profissional: “Muitas vezes um arquiteto ou um designer se desloca para fazer um orçamento e acaba dando dicas, respondendo dúvidas, gratuitamente, sem que seja chamado posteriormente para efetuar o trabalho”.
Por isso, todo profissional interessado em se cadastrar passa por um processo de adesão, com uma avaliação sobre sua formação. É cobrada uma taxa anual de R$ 450. Posteriormente, ele recebe avaliações de seu desempenho, feitas por usuários. Atualmente, 120 prestadores de serviço estão atuando na capital paranaense e outros 375 aguardam a aprovação. Entre os cadastrados, 20% são engenheiros.
Outro objetivo é o de oferecer capacitação para os profissionais, principalmente recém formados. “A gente sente que após a formação acadêmica, quando vão para o mercado de trabalho, eles não sabem gerar uma carteira de clientes. Procuram divulgação em uma consultoria, em revista, em anúncio do Google, mas faltam ferramentas que deem mais visibilidade”, diz o CEO da Helper.
Já o cliente interessado em contratar uma consultoria no aplicativo, com duração de uma hora, paga uma taxa única de R$ 250 que é cobrada na fatura do cartão de crédito. Muitas vezes, revela Macarini, esse atendimento acaba gerando um contato para algo maior. “Temos observado a capacidade do aplicativo em gerar novos negócios, já que o cliente fica com o contato do profissional. Tivemos um caso que era para atender uma empresa e, depois, descobrimos que o empresário queria conhecer o trabalho desse profissional para contratá-lo para fazer um projeto de obra de construção da sua casa”, cita o CEO da Helper App, que é uma startup. “Temos recebido diversos investidores interessados em apostar no aplicativo. É isso que tem possibilitado a nossa ida a São Paulo. A ideia é expandir muito mais. Estar disponível em todo o País e até fora dele”, completa Bruno Macarini. Outras localidades onde está previsto o serviço são Miami, nos Estados Unidos, e Lisboa, em Portugal.
Oportunidade de negócio
O que garante essa expansão é a ferramenta desenvolvida pela DevMaker, para smartphones Android e IOS. Segundo seu diretor, Ricardo Korobinski, a plataforma tem capacidade para um amplo banco de dados. Como o Helper, outras ideias podem sair do papel.
“Temos muitas possibilidades para desenvolver e auxiliar os profissionais. Já desenvolvemos muitas soluções, como recentemente voltado só para Engenharia Elétrica”, conta Korobinski, referindo-se ao aplicativo Be-a-Bá da Elétrica, iniciativa de uma empresa do setor, a Engerey Paneis Elétricos.
Voltado para engenheiros eletricistas realizarem cálculos de dimensionamento, disponibilizando dados, tabelas e modelos. O app já possui mais de 10 mil downloads e também é usado por estudantes.
Ricardo Korobinski revela que atualmente é possível programar um aplicativo a partir de R$ 10 mil: “Depende da complexidade do projeto, vai demandar mais ou menos tempo de dedicação da nossa equipe. Já fizemos projetos que vão de R$ 10 mil a R$ 300 mil”.
Deborah Moreira
Comunicação SEESP