Força Sindical, União Geral de Trabalhadores (UGT), Nova Central e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) realizaram, na quarta-feira (22), mais um ato para pressionar pela redução da taxa Selic. A manifestação, que ocorreu em frente ao Banco Central, em São Paulo, na Avenida Paulista, teve como objetivo pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, a reduzir a taxa básica de juros de forma mais acentuada. Atualmente, o juro real no Brasil é o mais alto do mundo.
Em um protesto bem humorado, os sindicalistas levaram para a avenida Paulista o “Bloco dos Juros Baixos”. No ato, acompanhado pela bateria da Escola Imperador do Ipiranga, eles exibiram faixas e cartazes condenando a política de juros altos e a reforma da Previdência.
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), apesar de irreverente, o protesto traz uma mensagem muito séria. "É preciso baixar esses juros urgente. Oficialmente o Brasil tem hoje mais de 12 milhões de desempregados. Isso é o mesmo que dizer que toda a população de São Paulo não tem emprego. Esse quadro tem de ser revertido; mas com juros altos não dá", explica.
O vice-presidente dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, Josinaldo José de Barros (Cabeça), destaca: "O Brasil pratica os juros reais mais altos do mundo. Isso asfixia a produção, promove o desemprego e transfere renda pra quem não trabalha, que são os especuladores”.
O protesto foi encerrado com um “desfile” pela avenida Paulista, do Banco Central até o escritório da presidência da República.
Selic
Ontem, o Copom reduziu a taxa Selic em apenas 0,75 ponto percentual. Uma redução "muito tímida e frustrante", classificou a Força Sindical em nota divulgada em seu portal na internet.
O Banco Central iniciou o ciclo de reduções na Selic em outubro do ano passado, com um corte de 0,25 ponto percentual, baixando a taxa para 14% ao ano. Foi o primeiro corte em quatro anos. Na última reunião de 2016, em novembro, houve novo corte de 0,25 ponto, resutando em uma taxa de 12,25% ao ano. No entanto, economistas criticam a tímida redução.
Comunicação SEESP
Com informações da Agência Sindical