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01/03/2017

Editorial - A disposição de seguir trabalhando

Os primeiros meses de 2017 estão, indubitavelmente, marcados por dificuldades econômicas, com destaque para o desemprego, e ameaças a direitos, como as propostas de reforma da Previdência Social e da legislação trabalhista.

Também na mira dessa metralhadora giratória está a engenharia nacional, que pode se ver sucateada se não houver medidas que propiciem a sua participação qualificada em empreendimentos e projetos de monta. Para o SEESP, este cenário indica claramente a necessidade de seguir trabalhando. Sem espaço para o desânimo, nossa participação deve ser ainda mais qualificada e intensa para que possamos dar contribuição decisiva à reversão do quadro negativo.

Tal perspectiva guia a atuação de nossa entidade de forma integral em todo o Estado de São Paulo. Em visitas realizadas às nossas delegacias sindicais, iniciadas em meados de janeiro e que devem prosseguir até a primeira semana deste mês, essa disposição de buscar resultados em benefício da categoria, do conjunto dos trabalhadores e da população brasileira ficou bastante clara. Nossos dirigentes, distribuídos pelas 25 cidades em que o SEESP mantém subsedes, além da Capital, estão prontos a enfrentar o desafio de superar a grave crise que aflige o Brasil e se faz sentir em todas as localidades.

Um ponto central na estratégia de ação do SEESP é lutar pela valorização dos engenheiros. Isso significa defender remuneração justa, condições de trabalho adequadas, acesso a atualização profissional e reconhecimento de seu saber técnico. Porém, também implica afirmar nosso protagonismo nas questões nacionais que dizem respeito à engenharia. E um plano nacional de desenvolvimento é tema de nosso interesse com prioridade. Por isso mesmo, o nosso sindicato, juntamente com a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), vem se fazendo presente nos debates fundamentais para se definir que modelo de País teremos: soberano e próspero ou subalterno e pobre. Uma dessas questões é a discussão quanto à exigência de conteúdo local na definição das regras para as próximas licitações para exploração de petróleo e gás no Brasil. Diante da proposta do governo de reduzir os índices de contratação nacional, a FNE, juntamente com outras entidades de engenharia e representantes da indústria, vem se mobilizando e reivindicando que essa posição seja revista (leia matéria na página 5). Precisamos evitar esse prejuízo e garantir que a riqueza do petróleo seja também traduzida em desenvolvimento econômico, social e tecnológico.

8 de março – A busca por igualdade de gênero e emancipação feminina, de forma a garantir às mulheres plenos direitos e cidadania, é certamente uma agenda permanente. Contudo, o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é momento propício para nos lembrarmos de quão essencial é essa pauta para construirmos uma sociedade sem discriminação, exclusão e violência. Viva a luta das mulheres, da qual fazem parte todos que acreditam em justiça social.


90 Murilo
Eng. Murilo Pinheiro
Presidente

 

 

* Editorial publicado, originalmente, no Jornal do Engenheiro, Edição 501, de março de 2017

 

 

 

 

 

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